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sexta-feira, 3 maio, 2024

100 mil mortes e um alerta importante da OMS: Transmissão da Covid-19 no Brasil não está diminuindo

O diretor de emergências da entidade alertou que o país ainda tem altos níveis de transmissão da doença.

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Michael Ryan, diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde, alertou nesta segunda-feira (10) que o país ainda tem transmissão comunitária contínua e pressão sobre o sistema de saúde.

A entrevista aconteceu após o Brasil chegar ao triste número de 100 mil mortos após contaminação pelo novo coronavírus.

Ryan lembrou que, apesar de o número de casos no Brasil crescer cerca de 10% por semana, o número de casos no país é muito alto. Além disso, a quantidade de casos positivos entre as pessoas que são testadas está em torno de 20% – o que, segundo ele, é “muito alta”. Fora o número de pessoas que não fazem testes, pois eles são cada vez mais escassos.

“O Brasil está sustentando um nível muito alto de epidemia. A curva de transmissão achatou um pouco, mas não está diminuindo”, informou Michael Ryan.

No sábado (8), o Brasil ultrapassou a marca dos 100 mil mortos pela Covid-19 e é o segundo país no mundo com mais mortos na pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos.

“Muitos dos indicadores para o Brasil estão realmente apontando para transmissão comunitária contínua, pressão contínua no sistema de saúde”, afirmou o diretor de emergências.

O diretor de emergências pontou que existe uma dificuldade enorme de manter as medidas de controle do vírus, como o uso de máscaras e o isolamento social, particularmente entre as pessoas mais pobres, por causa da falta de recursos.

“Muitas pessoas no Brasil vivem em lugares superlotados e pobres, onde sustentar esse tipo de atividade/hábito é difícil. O governo deveria estar apoiando essas comunidades – é muito difícil agir como uma comunidade se você não tem apoio”, disse Ryan.

Todas essas observações, segundo ele, são preocupantes em termos de controle da doença e pressão sobre os sistemas de saúde.

“A ocupação das UTIs em muitos lugares agora ultrapassa 80%, em alguns lugares, 90%. Qualquer pessoa que trabalhe em UTIs e em uma situação de doenças infecciosas reconhece a pressão e o estresse sobre essas pessoas e suas famílias. Sustentar isso por meses é uma tarefa quase impossível”, alertou.

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