O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), que tem o intuito de revelar lares de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade de segurança alimentar.
Última pesquisa feita foi em 24 de dezembro de 2020, revela que 44,8% dos lares se encontravam estáveis. Outro dado mostra que 55,2% estão em situação de insegurança alimentar, um aumento de 54% desde 2018. Essa diferença é resultado da pandemia que está colocando cada vez mais pessoas em risco.
Um total de 116,8 milhões de pessoas estava em vulnerabilidade alimentar, sendo 43,4 milhões (20,5% da população) não possuíam a quantidade para uma refeição completa e 19,1 milhões (9% da população) passavam fome completamente.
Hoje a situação política, econômica e sanitária está provocando um aumento de 10,3 milhões para 19,1 milhões de pessoas com fome. A coleta de dados foi feita em 55,2% das casas brasileiras que corresponde a 116,8 milhões de pessoas.
O índice de 2020 mostra ainda que, a região Norte esteve acima de 60% com a insegurança alimentar, já o Nordeste 70%. Essa porcentagem representa cerca de 7,7 milhões de nordestinos. Nessas regiões é onde se encontra os maiores números de vulnerabilidade alimentar.
Contudo, a indicação de pobreza está ligada também a população rural, quilombolas, indígenas, ribeirinhos, representando 12% da fome em alguns lares. Mulheres representam 11,1%, pessoas pretas e pardas estavam em 10,7%. A população que possui a formação escolar até o Ensino Fundamental ou menor está presente em 14,7% dos lares.
No período da pandemia, a insegurança alimentar aumentou 20,7% em 2018, para 34,7% em dois anos.
