As equipes da Unidade de Operações Aéreas do Departamento de Trânsito do Distrito Federal foram acionadas pela Central Estadual de Transplantes do DF por volta das 8h50 desta terça-feira (19). A tripulação imediatamente se mobilizou, para cumprir a etapa final de um trajeto iniciado em Goiânia (GO). Um avião da FAB trouxe o coração da capital goiana até a Base Aérea de Brasileira. E o helicóptero Sentinela, do Detran-DF, transportou o órgão da Base Aérea até o Hospital das Forças Armadas (HFA).
Foi o 9º coração transportado pela aeronave do Detran-DF em 2023. Desde 2015, quando foi firmada a parceria com a Central Estadual de Transplantes do DF, o Detran já transportou 54 corações, além de outros órgãos. O sucesso desse tipo de convênio transmite duas mensagens muito claras à sociedade. A primeira é a de que a missão de salvar vidas não deve se restringir aos servidores da Saúde, mas sim abranger todos os setores. A segunda mensagem é a importância de se manter um Estado bem equipado, com servidores públicos respeitados e valorizados.
O transplante foi realizado no HFA por volta de 13h. Dentro, portanto, do prazo de isquemia fria, que é o período em que o órgão pode permanecer fora do corpo. Essa meta não teria sido cumprida se não fossem os recursos de dois setores distintos do serviço público. Um em nível federal. Outro em nível regional. Exemplos como esse devem sempre vir à tona cada vez que alguma iniciativa como a PEC 32 ameaçar o serviço público com precarização da força de trabalho e corte de recursos. Na Saúde, essa vigilância deve ser ainda mais forte. Saúde é papel do Estado. E zelar por ela é obrigação de qualquer governo.
