A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 escuta nesta terça-feira (25), a partir das 9h, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, como testemunha.
Mayra será interrogada sobre defender o tratamento precoce de um medicamento que é considerado ineficaz no combate ao coronavírus, a cloroquina. Os parlamentares alegam que precisam de mais informações sobre a aquisição e distribuição dos comprimidos pelo Ministério da Saúde, incluindo o Amazonas.
Além disso, eles querem saber questões relativas a isolamento social, vacinação, postura do governo, estratégia de comunicação e omissão de dados.
Silêncio
O STF concedeu a Mayra, na noite de sexta-feira (21), o direito de permanecer em silêncio caso haja um questionamento sobre fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, período que remete a crise sanitária em Manaus.
A defesa da secretária afirma que, assim como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, ela também sofre processo por improbidade administrativa, que pode ser prejudicado devido a certas perguntas.
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O requerimento de convocação de Mayra foi feito por cinco senadores, Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Rogério Carvalho (PT-SE) e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
A secretária terá que esclarecer também a criação de uma plataforma desenvolvida pelo Ministério da Saúde, denominada TrateCov, que recomenda o uso de cloroquina. O Ex-ministro Pazuello afirma que a ideia surgiu de Mayra.