A Secretaria Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações (Secom) admitiu na tarde de segunda-feira (29), a mudança no comando de seis ministérios do primeiro escalão do governo federal. O presidente Jair Bolsonaro decidiu criar uma reforma ministerial onde as trocas seriam feitas na Casa Civil da Presidência da República, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, no Ministério das Relações Exteriores, na Secretaria de Governo, no Ministério da Defesa e na Advocacia-Geral da União.
É a mais ampla mudança nos Ministérios desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência em janeiro de 2019, ele escolheu fazer essa reforma justamente no momento de agravamento da pandemia do novo coronavírus. O objetivo é uma maior aproximação com o centrão que tem feito pressão para as trocas. As mudanças podem continuar nesta terça-feira (30).
Demissões
A tarde de segunda-feira foi marcada por grande agitação, primeiro o ministro das relações exteriores entregou uma carta de demissão dizendo que “faltam com a verdade”, pontuou. Logo depois, também foi demitido o ministro da defesa, Fernando Azevedo e Silva, e assim se iniciou a reforma ministerial no governo. E as mudanças não pararam por aí.
Azevedo e Silva agradeceu a participação no governo, mas deixou um recado, “nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”. A frase deixou em aberto que o ex-ministro vinha resistindo a uma tentativa de politização das Forças Armadas.
O que mudou?
Além do ministério da Defesa e das Relações Exteriores, outras pastas foram atingidas: o Ministério da Justiça, a Secretaria de Governo da Presidência, Casa Civil e Advocacia-Geral da União.
Assume agora no lugar do Itamaraty, Carlos Alberto Franco França. Na Justiça, sai André Mendonça, de volta à AGU, e entra Anderson Torres. A Secretária do Governo mudará para a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) e para a Casa Civil vai Luiz Eduardo Ramos.
Estão deixando o governo, Araújo, Azevedo e Silva e José Levi, agora ex-advogado-geral da União. Os demais foram apenas remanejados para outras pastas.
Forças Armadas
Depois da demissão do ministro da defesa, Fernando Azevedo e Silva, os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha chegaram a se reunir na noite de segunda. De acordo com o Portal G1, os comandantes das três forças sinalizaram que vão colocar o cargo à disposição do novo titular da pasta, o general Braga Netto.