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domingo, 5 maio, 2024

No DF, fila de espera para radioterapia tem 611 pessoas no Hospital de Base

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Dois aparelhos funcionam no Base, mas não servem para todos cânceres.
Hospital Universitário é o único da rede pública com acelerador linear.

A fila de espera para tratamento de radioterapia no Hospital de Base do Distrito Federal tem 611 pessoas. Atualmente, dois aparelhos estão funcionando na unidade, mas eles não servem para todo o tipo de câncer. Um dos que tem acelerador linear, equipamento moderno para o tratamento, é o Hospital Universitário de Brasília (HUB), que fica sobrecarregado. O HUB atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 Um aposentado de 72 anos com tumor na próstata está há nove meses na fila de espera. Ele aguarda tratamento de radioterapia desde fevereiro deste ano. “Essa doença, quando ela passa, ela mata mesmo”, disse Demétrio Antunes.

Em julho deste ano, a fila para radioterapia tinha 540 pacientes. Segundo a Secretaria de Saúde, o tempo de espera para iniciar as sessões era de 120 dias. No mesmo mês, a radioterapia na rede pública estava sendo realizada somente com uma máquina no Hospital de Base e outra no HUB. O segundo equipamento do Base estava quebrado há mais de três meses.

Servidores ouvidos pelo G1 relataram que os dois equipamentos estavam em más condições de uso. Eles afirmaram que as máquinas são ultrapassadas. Um radioterapeuta que preferiu não se identificar trabalhava no Hospital de Base e pediu exoneração do cargo por causa das condições de trabalho na unidade.

 Um aposentado de 72 anos com tumor na próstata está há nove meses na fila de espera. Ele aguarda tratamento de radioterapia desde fevereiro deste ano. “Essa doença, quando ela passa, ela mata mesmo”, disse Demétrio Antunes.

Em julho deste ano, a fila para radioterapia tinha 540 pacientes. Segundo a Secretaria de Saúde, o tempo de espera para iniciar as sessões era de 120 dias. No mesmo mês, a radioterapia na rede pública estava sendo realizada somente com uma máquina no Hospital de Base e outra no HUB. O segundo equipamento do Base estava quebrado há mais de três meses.

Servidores ouvidos pelo G1 relataram que os dois equipamentos estavam em más condições de uso. Eles afirmaram que as máquinas são ultrapassadas. Um radioterapeuta que preferiu não se identificar trabalhava no Hospital de Base e pediu exoneração do cargo por causa das condições de trabalho na unidade.

 “As máquinas vivem quebrando, a tecnologia usada é muito ultrapassada, muito arcaica. Eles têm uma bomba de cobalto que em lugar nenhum do mundo é utilizada mais. A técnica de tratamento é muito ultrapassada, os efeitos colaterais e a toxicidade do tratamento são muito maiores e a eficiência é muito menor.”

Ele explicou que há casos de câncer em que o paciente não pode esperar para o início do tratamento de radioterapia. De acordo com o radioterapeuta, pessoas com cânceres menos invasivos podem aguardar até três meses para começar uma radioterapia, mas que ficam mais agressivos com interrupções no tratamento.

“A gente vê paciente se tratando naquelas condições, com efeitos colaterais que poderiam ser evitados, as máquinas param e o governo não se manifesta. Radioterapia é um tratamento que deve ser contínuo e não dá para o paciente ficar nessas interrupções que acontecem.”

De acordo com a secretaria, há previsão de chegada de um aparelho de radioterapia para 2017. Em 2018, o GDF espera inaugurar o Hospital do Câncer, que, segundo a pasta, contará com mais dois equipamentos de radioterapia, cirurgias oncológicas e quimioterapia para 2,5 mil pacientes por ano. As medidas apresentadas são previsões a longo prazo, que não alteram a atual situação de pacientes que aguardam uma vaga para tratamento.

Situação no país
Atualmente, o país tem outros 269 equipamentos de radioterapia, mas nem todos estão funcionando e nem são tão avançados. Em maio de 2012, o governo federal criou o Plano de Expansão de Radioterapia e desembolsou R$ 119 milhões para a compra de 80 aceleradores.

As regiões Sul e Sudeste seriam as mais beneficiadas, com 23 máquinas cada uma, seguidas pelo Nordeste, Centro-Oeste e Norte. No entanto, três anos após o anúncio da compra desses equipamentos, nenhuma das máquinas foram instaladas no país.

A Sociedade Brasileira de Radioterapia afirma que o Brasil precisa de mais 600 equipamentos para cumprir a lei de 2012, que estabalece o início do tratamento de câncer em até 60 dias após a descoberta da doença.

Fonte: G1

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