O SindSaúde apresentou seu posicionamento em reportagem do portal Metrópoles sobre o alto índice de afastamento de servidores da Saúde em decorrência de doenças e problemas psicológicos. Questionada pela matéria, a presidente, Marli Rodrigues, esclareceu que o adoecimento mental na saúde pública tem vários “gatilhos”, entre eles as dificuldades financeiras, a defasagem salarial e a sobrecarga de trabalho.
A reportagem aponta que, nos primeiros quatro meses de 2023, mais de 10,3 mil servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) precisaram de atestados de afastamento do trabalho. “É como se fosse uma cidade inteira doente”, aponta o matéria.
Segundo Marli, na Saúde há um fator que potencializa a situação: a insatisfação de muitos pacientes, que é descontada nos servidores. “O que nós observamos em todas as unidades é um esforço da equipe, tirando do próprio bolso o custeio de melhorias no ambiente laboral”, acrescentou a presidente do SindSaúde.
“Isso ocorre porque as iniciativas do governo são insuficientes para proporcionar um ambiente voltado à recuperação do servidor e à prevenção do adoecimento mental. É preciso ter em mente que servidores são seres humanos, não máquinas”, explicou Marli Rodrigues.
“é urgente que o governo implemente de fato esse tipo de assistência no plano de saúde dos servidores do GDF”
Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde
A presidente do SindSaúde lembrou que não há uma política de Estado efetiva para preservar a saúde dos servidores da SES. “Citando apenas um exemplo, é urgente que o governo implemente de fato esse tipo de assistência no plano de saúde dos servidores do GDF. Eles precisam ter o amparo adequado no âmbito do plano de saúde quando se trata de adoecimento mental”, ressaltou.