Publicado pelo Observatório Covid-19/Fiocruz nesta sexta-feira (23), o estudo traz além de informações referentes às semanas 14 e 15, uma visão geral sobre o cenário atual de Covid-19 no Brasil e suas implicações e constata o processo de rejuvenescimento da pandemia.
A análise aponta que a faixa etária dos mais jovens, de 20 a 29 anos, foi a que registrou maior aumento no número de mortes por Covid: 1.081,82%. Nas idades de 40 a 49 anos (1.173,75%) houve o maior crescimento do número de casos.
O Boletim traz ainda análises e dados sobre leitos para Covid-19, Síndromes Respiratórias Graves, níveis de atividade e incidência, perfil demográfico, vacinação, renda, trabalho e impactos sociais, entre outros. A partir destes indicadores aponta caminhos para o enfrentamento da crise sanitária.
Dados ainda apontam aumento global para todas as idades, entre a semana 1 e a semana 14, foi de 642,80%. Algumas faixas etárias mantiveram crescimento superior ao global: 20 a 29 anos (745,67%), 30 a 39 anos (1.103,49%), 40 a 49 anos (1.173,75%), 50 a 59 anos (1.082,69%) e 60 a 69 anos (747,65%). Para os óbitos, o aumento global foi de 429,47%. As mesmas faixas etárias tiveram aumento diferenciado: 20 a 29 anos (1.081,82%), 30 a 39 anos (818,60%), 40 a 49 anos (933,33%), 50 a 59 anos (845,21%) e 60 a 69 anos (571,52%).
Quanto à internação em unidades de Terapia Intensiva (UTI), ainda comparando as semanas 1 e 14, a ocupação desses leitos foi bastante diferenciada ao longo das semanas. Na SE 1, a proporção de pacientes com menos de 70 anos internadas em leitos de UTI foi de 52,74%. Na SE 14, esta proporção foi de 72,11%. Segundo a investigação, estes números apontam que a ocupação dos leitos de UTI por população mais jovem tem aumentado.
Leitos de UTI para Covid-19
As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS em diversos estados se mantiveram, em geral, em níveis muito elevados. Dados obtidos em 19 de abril, em comparação aos do último dia 12, indicam a saída do Amapá de zona de alerta crítico para zona de alerta intermediário, na qual já se encontravam Amazonas, Maranhão e Paraíba. Exceto por Roraima, fora de zona de alerta, os demais estados permaneceram em zona de alerta crítico. De acordo com a atualização mais recente feita pelo INFOSAÚDE do GDF, o Distrito Federal chegou a 99% de ocupação de leitos adultos na rede pública.
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