Em nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgada na sexta-feira (25) é destacado o marco das mais de 500 mil mortes ocorridas pelo novo coronavírus no país. No estudo é colocado em pauta as principais questões que levaram o Brasil a se transformar em um dos epicentros da pandemia no mundo e o país com mais mortes por milhão.
Através de dados científicos o estudo aponta quais caminhos deveriam ser seguidos para a reversão da atual situação.
“Se no mundo temos uma taxa de 497 óbitos por milhão de habitantes, no Brasil essa taxa atinge 2.364 óbitos por milhão de habitantes, o que significa que é 4,7 vezes maior que a global. O resultado brasileiro foi o pior dentro do grupo de países grandes em termos populacionais”, afirmam os pesquisadores responsáveis pelo Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz.
Na edição, os cientistas afirmam que muitas mortes poderiam ter sido evitadas com medidas de saúde pública baseadas nas evidências científicas divulgadas desde o início da pandemia, coordenação de ações entre as diferentes esferas de governo, a favor de uma resposta efetiva à pandemia para um alívio dos danos, além de mensagens claras e consistentes para a população sobre a importância e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
No estudo ainda são destacados dados e informações importantes sobre a transmissão comunitária de Covid-19 por SRAG, mortalidade materna por Covid-19 e sobre as taxas de ocupação de leitos.