A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, revelou ao presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Wellington Luiz (MDB), a situação de desvalorização e defasagem salarial que acomete milhares de trabalhadores da Saúde no DF. “O clima é de pessoas desvalorizadas, desmotivadas, reféns de uma situação financeira, chamada Banco Regional de Brasília. Todos têm essa angústia. Uma categoria mentalmente adoecida, que precisa de socorro”, denunciou Marli.
Perguntada pelo parlamentar sobre a quantidade de pessoas que necessitam de reestruturação de carreira, a presidente do SindSaúde esclareceu que 17 mil servidores estão em questão. “Nós precisamos destravar o concurso da GAPS, que está travado, e precisamos abrir as negociações”, destacou Marli, enfatizando que são esses trabalhadores que cuidam da Saúde da população.
Wellington Luiz ouviu que o SindSaúde está prestes a deflagrar um movimento para que as demandas sejam resolvidas. “O sentimento já existe na categoria e o Sindicato vai encaminhar”, antecipou Marli. A presidente do SindSaúde lembrou que não basta a construção de novos hospitais, conforme o GDF vem anunciando. “Nós precisamos que o governo entenda que o servidor público é a mola mestra. Sem ele, as coisas não vão andar”, advertiu.
O deputado reconheceu a necessidade de reestruturação das carreiras da saúde pública do DF. “Nós estamos do mesmo lado. Vou trabalhar para que todos os pleitos sejam exitosos”, comprometeu-se Wellington Luiz.
Marli Rodrigues cobrou também o empenho do presidente da CLDF em favor da construção do Hospital do Servidor, e externou a preocupação em relação ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas). A presidente do SindSaúde abordou os custos para os servidores – sobretudo após reajuste médio de 20% ocorrido em setembro – e a falta de transparência na gestão do plano.
“Baseado no déficit que tem apresentado e no reajuste do plano, e nós sabemos que é muito caro o plano de saúde, talvez nem essa quantia de 20%”, exclamou Marli, em referência ao risco de desmoronamento financeiro do Inas. “Nós estamos preocupados agora é com a vida do plano, para que ele possa atender aos servidores que precisam neste momento e possa cuidar da saúde preventiva dos servidores públicos”.
Com esses argumentos, a presidente do SindSaúde reiterou a urgência da construção do Hospital do Servidor. “Nós precisamos ter uma rede própria, nosso próprio centro de imagem, nosso próprio laboratório e nosso próprio hospital. Não dá para hoje você estar credenciado e amanhã não estar. Qual é o nosso temor: é que os servidores fiquem sem assistência”, salientou Marli.
Em resposta, Wellington Luiz se comprometeu a avaliar todas as questões no âmbito da CLDF e concordou que a prevenção e o adoecimento mental dos servidores devem ser acompanhados de forma estreita pelos deputados distritais. Por fim, o parlamentar assinou o recebimento do ofício do SindSaúde contendo todas as demandas, tornando público que está ciente das questões expostas.
