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sexta-feira, 3 maio, 2024

Setembro Amarelo – Estudo aponta aspectos comportamentais de crianças e adolescentes que possuem tendências suicidas

Pesquisa da Fiocruz tem como objetivo investigar e entender o tema neste grupo etário no Brasil

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Pesquisa da Fiocruz publicada na última sexta-feira (10), tenta investigar os comportamentos, causas, locais e tendências suicidas entre crianças e adolescentes no Brasil. A pesquisa intitulada Violência autoprovocada na infância e na adolescência mostra que já aconteceram 15.702 ocorrências de suicídio, no período de 2011 a 2014.

Os números apontam que o suicídio predomina entre as idades de 15-19 anos (76,4%), do sexo feminino (71,6%), e raça/cor da pele branca (58,3%). O estudo revela ainda que a residência foi o local mais frequente dessas ocorrências (88,5% de 10-14 anos; 89,9% de 15-19 anos), e o meio mais utilizado foi envenenamento/intoxicação (76,6% e 78%, respectivamente nas idades de 10-14 e 15-19).

Quanto às internações decorrentes das tentativas em adolescentes, houve 12.060 registros entre 2007-2016, com predominância do sexo feminino (58,1%) e maior ocorrência na Região Sudeste (2,7 e 7,0 notificações/100 mil habitantes, nos grupos de 10-14 e 15-19 anos, respectivamente). A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que suicídio se tornou a segunda principal morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

A coordenadora de pesquisa, Joviana Avanci, do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), esclarece que, “é relativamente comum que na adolescência surjam ideias suicidas, pois fazem parte do desenvolvimento de estratégias para lidar com problemas, como o sentido da vida e da morte. Vem a ser um problema quando essas ideias se tornam a única ou a mais importante alternativa. A intensidade desses pensamentos, sua profundidade, duração, o contexto em que surgem e a impossibilidade de desligar-se deles são fatores que determinam a crise suicida. Um suicídio costuma ser pensado, planejado e antecedido por tentativas. Existem suicídios por impulso, mas são raros”, explica.

O estudo que contou com a participação do CNPq, tem o objetivo de apurar as causas de suicídio e de tentativa entre as crianças e adolescentes do país. As crianças possuem poucos dados que comprovem esse comportamento, no entanto, entre 2006 e 2017, foram identificados 58 óbitos de crianças brasileiras decorrentes desta causa, com a maioria sendo do sexo masculino, de cor da pele branca e com 9 anos de idade.

Clique aqui para saber mais sobre a pesquisa.

Umas das causas mais encontradas pelo estudo é a presença de vulnerabilidade no lar, como violências, falta de cuidado e apoio inter-relacional, que continua através das gerações. Muitas famílias mostram histórias familiares de rejeições, maus-tratos físicos, agressões verbais, violência sexual, uso de álcool e drogas.

Setembro amarelo

Durante o mês inteiro de setembro é celebrada a luta contra o suicídio que foi intitulado no dia 10 de setembro, pela organizado pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e endossado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O evento tem a missão de chamar a atenção para prevenção do suicídio. Essa iniciativa é do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina, que disponibiliza centrais de atendimento para auxiliar a prevenção. 

Canais para ajuda:

Caso queira conversar com alguém e obter suporte emocional, entre em contato com a Centro de Valorização da Vida (CVV).

Mapa da Saúde Mental fornece uma lista de locais para atendimento voluntario online e presencial em todo país.

Pode Falar é especialmente para jovens e adolescentes, um canal que funciona de forma anônima e gratuita, fornecendo matérias de apoio e serviço.

  • Com informações do Portal Fiocruz
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