Enquanto os servidores lutam por reajuste salarial, o Governo do Distrito Federal (GDF) prioriza novas exigências para a concessão do vale-transporte, impondo regras mais rígidas e um processo burocrático ainda mais complexo. O decreto publicado nesta terça-feira (11/2) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) exige que os servidores apresentem uma série de informações detalhadas, incluindo comprovantes de despesas com transporte coletivo, além de um comprovante de residência atualizado.
As novas exigências surgem em meio à longa espera dos servidores da saúde por uma resposta sobre o reajuste salarial, enquanto o GDF parece mais focado na burocracia do que na valorização da classe. Mesmo com o fechamento de 2024 registrando um crescimento real de 10,3% e a suspensão do corte no Fundo Constitucional, o pedido da classe continua sem resposta.
Entre os dados solicitados estão o nome, cargo, matrícula, endereço residencial e jornada de trabalho, informações que precisam ser constantemente atualizadas, sob pena de penalidades. Caso o servidor omita dados ou deixe de apresentar comprovantes durante uma fiscalização, ele poderá ser responsabilizado administrativa, civil ou até penalmente.
Antes, a concessão do vale-transporte se dava de forma mais simples, com a apresentação apenas de uma declaração de despesas. Agora, o servidor precisa não só manter seus dados atualizados, como também se submeter a um processo de auditoria e controle cada vez mais rígido.
Enquanto os servidores aguardam um reconhecimento justo pelo seu trabalho, o GDF foca suas ações em medidas que complicam a vida dos funcionários públicos, ao invés de priorizar o que realmente importa: a valorização do servidor da saúde.
