A semana começou de uma forma especial: a participação maciça dos profissionais da saúde na audiência pública dos AOSDs. O evento, que aconteceu na Câmara Legislativa nesta segunda-feira (30), abriu um debate entre a casa, os profissionais e a comunidade. Quem quis expressou sua opinião de forma democrática. As principais reivindicações são a revisão do plano de carreira e reclassificação profissional, já que o Governo do Distrito Federal considera que esta é uma categoria é extinta.
A deputada e presidente da Câmara, Celina Leão, que também foi a responsável pela a audiência, colocou a casa à disposição dos profissionais. “Essa audiência nos honra muito, nós nos posicionamos sempre a favor da saúde pública. E entendemos que isso vai acontecer com servidores bem remunerados e com o reconhecimento do trabalho de cada carreira”, afirmou.
O representante do SindMédico, o diretor jurídico do Sindicato, Antônio José Francisco, questionou o governo. “Como é que pode uma carreira estar extinta a tanto tempo ter concurso? Isso acontece tanto na esfera federal, quanto na distrital. O pior é pensar que esses profissionais não são valorizados e ainda passam desconhecidos pelo serviço público”, disse.
Ele ainda afirmou sobre a importância do trabalho dos AOSDs. “Essa carreira sempre colaborou brilhantemente e de maneira competente para o serviço dos médicos, enfermeiros e técnicos, por isso nós do SindMédico apoiamos essa luta e acreditamos que os deputados devam olhar com carinho por essa causa. Os legisladores devem se debruçar sobre essa causa para corrigir o que vem sendo errado há muitos anos”.
A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, estava emocionada com a galeria e o plenário lotados. “Hoje é um marco na história dos AOSDs. Há 20 anos eu sonho com esse momento. Quero agradecer a presidente da casa de leis e ao companheiro Juarezão. Acho que essa categoria se parece muito com o brasileiro, explorada. Eles conseguem sobreviver com a designação extinta em seu cargo. Uma categoria que sempre foi a luz da Secretaria”, disse. Ela ressaltou a falta de um representante da Secretaria de Saúde. “Onde está a SES neste momento? Eu não acredito que eles não estão presentes. Isso representa como eles enxergam o servidor: como nada!”.
O deputado Juarezão, que já foi AOSD, também esteve presente e apoiou totalmente as reivindicações da categoria. “Não podemos deixar que mais pessoas passem mais tempo com a discriminação que sofrem, mesmo fazendo o trabalho igual ao de técnico. Nós vemos AOSDs que são formados e até pós-graduados, precisamos valorizar o que temos de mais importante: o servidor”.
A Câmara Legislativa se comprometeu a trabalhar a revisão da carreira dos AOSDs e a maior vitória: o problema foi reconhecido. Vale ressaltar que a mobilização não pode acabar. Precisamos ficar em alerta sempre!