A assembleia convocada pelo SindSaúde no Centro de Saúde n°1 do Gama aconteceu nesta terça-feira (25) e acabou com a exoneração da enfermeira Célia Regina da Costa Silva, que era a gerente da unidade. As perseguições aos servidores, inclusive com aqueles que trabalham há mais de 30 anos na unidade, e o descaso com que eram tratados levaram a reunião a comunidade, o coordenador geral da Regional de Saúde, Jules Rimet de Aguiar Silva e o diretor de Atenção Primária à Saúde, José Carlos de Mello Figueira Dantas.
Os servidores que denunciaram os maus tratos expuseram toda a sua indignação com a situação com que eram obrigados a conviver e trabalhar. “Precisamos de paz e tranquilidade para executar nossos serviços e atender a população. Perdemos isso com as perseguições que a chefe impunha”, declarou uma servidora.
O que mais chamou a atenção foram relatos dos mesmos problemas em outras unidades de saúde causados pela mesma pessoa. “No CS 6, quando era coordenadora de três pessoas, a Célia conseguiu o afastamento de todas por problemas mentais. A guerra que ela implantou lá veio para aqui”, disse.
Ao final da reunião, Célia teve assegurado seu tempo de resposta em que negou acusação por acusação. “Não fiz gestão sozinha. Minha intenção com todas as condutas que tomei aqui tiveram orientação dos meus superiores. Sempre fui educada com todos. Estão pintando uma Célia que desconheço”, se defendeu.
Para Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde e quem conduziu a assembleia, o problema poderia se tornar maior e a bomba explodir. “A perseguição adoece a alma, tira a alegria e vontade de ir ao trabalho. Acordar para trabalhar vira um tormento, uma tortura. A exoneração da enfermeira do cargo de chefia foi a melhor saída para todos”, disse.
Ao final da reunião, todos votaram pela exoneração de Célia Regina da Costa Silva do cargo de chefia. Estamos aguardando a decisão ser publicada no Diário Oficial do Distrito Federal. “Não podemos deixar que o servidor pague quando o gestor não sabe respeitar. O SindSaúde está vigilante e vai atuar da mesma forma onde for necessário”, finalizou Marli Rodrigues.