Considerando o atual cenário de crise no DF, a categoria votou hoje (16), em assembleia realizada no Hospital de Base (HBDF), o fim da greve que já durava uma semana. Os servidores reconheceram que embora a proposta do governo não seja a ideal, o importante é a garantia do pagamento das horas extras, 13° e férias no menor tempo possível.
“Os trabalhadores entenderam que conseguimos alterar uma proposta péssima, com parcelas até outubro, para um acordo razoável, diminuindo o tempo para junho. Estamos cientes que merecíamos esse pagamento à vista, mas antes não havia sequer uma expectativa de quitar esses débitos. Quem arrancou esse prazo do governo fomos nós, com o nosso movimento grevista. Pelo menos agora o fantasma do exercício findo está definitivamente afastado”, avaliou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
A proposta
A primeira proposta, apresentada ontem (15) pelo governo, trazia um pagamento de forma parcelada até o mês de outubro. Inicialmente, seria pago as férias, em três vezes — com a primeira parte quitada ainda neste mês—. Em abril começaria a ser quitado o 13°, também em três etapas até junho. A partir de julho, o governo pagaria as horas extras em duas parcelas. Por fim, os resíduos (diferenças de 13°, férias, licença indenizada, etc.) seriam depositados na conta do servidor em duas parcelas, uma em setembro e outra em outubro. Todos os pagamentos seriam feitos no último dia útil de cada mês.
Os sindicatos não aceitaram e após muita negociação, a proposta foi melhorada:
– Férias e horas extras: pagas em três parcelas de janeiro a março, sempre no último dia útil do mês;
– 13° e resíduos: em três vezes a partir de abril, também no último dia útil do mês.
O governo garantiu ainda que os valores serão corrigidos de acordo com o índice da poupança e que os servidores que não receberam 13° em dezembro terão prioridade no pagamento a partir de abril. O ponto dos dias de paralisação também será abonado pelo GDF.