15.5 C
Brasília
sábado, 4 maio, 2024

Saúde assume para o MP incompetência para fazer a remoção de corpos

Saiba Mais

SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Ministério Público teme caos já que IML informou que entrega o serviço, de responsabilidade da SES, em 1º de janeiro

A Secretaria de Saúde do DF assumiu para o Ministério Público do Distrito Federal que não tem condições estruturais de absorver a demanda de remoção de corpos em caso de mortes naturais. Em ofício enviado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde Promotoria de Justiça de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde, a SES deixa clara a incompetência desta gestão.

Em recente inspeção no IML, a Promotoria foi informada de que, a partir de 1º de janeiro de 2019, o Instituto Médico Legal (IML) não mais fará a remoção de cadáveres cujas mortes fossem decorrentes de causa natural. O IML assumiu o serviço após portaria para cooperação mútua. No entanto, é uma obrigação do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), estrutura vinculada à Secretaria de Saúde do DF.

O MP questionou a SES pois teme a suspensão ou paralisação dos serviços em janeiro, “o que pode resultar em transtornos com graves prejuízos para a população, bem como para a saúde pública do Distrito Federal”.

No documento enviado ao MP, a Saúde tenta se justificar ao dizer que: “limitações impostas pelo ano eleitoral, decorrentes da proibição de movimentação de servidores, bem como escassez de motoristas na rede da SES/DF acrescido da suspensão temporária dos processos de contratação dos mesmos devido a transição de gestão entre Governos tal como da compra de rabecões, tem limitado o progresso para o efetivo funcionamento do referido serviço, principalmente no que diz respeito as remoções”.

Incompetência

Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, é só mais uma desculpa do governo de Rollemberg. “Eles tiveram vários meses antes do período eleitoral. Estão sendo cobrados desde 2017 e nada fizeram. Prometeram a expansão do SVO e, como sempre, não o fizeram. Agora se escoram nessa desculpa”.

Desde 2017 o IML tenta entregar essa parte do serviço à SES. A função, por lei, deveria ser do SVO, mas, com o sucateamento na SES, o serviço opera de forma precária no DF.

Hoje, cerca de 40% das mortes analisadas pelos funcionários públicos do ILM não têm relação com violência. São mortes de causas naturais.

A SES sugere ainda que o serviço continue com o IML:

“Conclui-se, que no momento há limitações para o efetivo funcionamento do serviço a partir de 1º de janeiro de 2019, propondo-se que as remoções possam continuar sendo feitas pelo IML/PCDF até que se realize as contatações pela SES/DF, principalmente de motoristas…”

“A SES vai largar a população sem assistência mais uma vez. Rollemberg deixa mais esse grande problema para 2019”, finaliza Marli.

 

 

WhatsApp Image 2018-12-21 at 13.39.21.jpeg

 

 

 

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

Advogados do SindSaúde DF conquistam vitória em caso de preservação da fertilidade avaliada em mais de R$20 Mil

Mais uma vitória conquistada pelos advogados do SindSaúde DF. Desta vez, um dos advogados do sindicato dos servidores da...

Investimento do GDF na saúde pública despenca em R$1,3 bilhão: um retrato da crise

Enquanto a crise na saúde pública de Brasília se agrava, um estudo revela que o Governo do Distrito Federal...

Trabalhadores da saúde sem motivos para comemorar no 1º de maio: Dieese confirma perda salarial

Hoje, 1º de maio, celebramos o Dia do Trabalho, uma data marcada em mais de 80 países como um...
- Advertisement -spot_img
- Publicidade -spot_img