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sábado, 27 abril, 2024

HMIB diz não ter condições de receber crianças retiradas de UTI desmontada em Santa Maria

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Há previsão de transferência de três pacientes para unidade nesta quarta-feira (8), mas leitos estão bloqueados por falta de equipamento e pessoal

Após gestão desastrosa da Secretaria de Saúde do DF, a UTI Pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria (DF) foi desmontada nesta terça-feira (7) pela empresa terceirizada que tem contrato a SES, mas não recebeu nove meses da prestação de serviço. Mães e servidores foram pegos de surpresa por volta das 12h de ontem quando crianças foram retiradas da UTI da unidade e transferidas. Algumas delas, segundo as mães, foram transferidas até para leitos de enfermaria.

Depois de toda a mobilização dos familiares e a divulgação na imprensa, a Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde informou que nesta quarta-feira (8) mais três das 17 crianças que ainda estão na unidade serão transferidas para o HMIB (Hospital Materno Infantil). No entanto, a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do HMIB enviou memorando à Direção da unidade informando que os leitos de UTI encontram-se bloqueados por falta de equipamentos e de recursos humanos de técnicos de enfermagem. No documento, a Gerência afirmou que não tem condições de prestar assistência adequada a estes pacientes que estão sendo retirados de Santa Maria.

“Pelo relato, por enquanto extra-oficial pois ainda não recebemos documentação em relação a essa determinação, os pacientes virão com os equipamentos em uso, porém não nos foi cedido horas de técnico de enfermagem para cobrir o déficit”, diz o documento.

A unidade do HMIB diz ainda que: “Estão faltando equipamentos e materiais para uma assistência de qualidade para os pacientes já internados em leitos em funcionamento. Não temos como garantir qualidade e segurança no atendimento para os pacientes que estarão em leitos que estavam bloqueados por falta de condições de funcionamento”

Para finalizar, os servidores afirmam que enviaram documento informando a situação atual “para que não haja equívocos em relação à segurança de receber pacientes em leitos bloqueados”.

 HMIBMEMORANDO


Desligamentos na UTI

A empresa Intensicare afirmou à reportagem do SindSaúde que já tinha notificado a SES sobre o desligamento dos monitores e parte da estrutura da UTI Pediátrica do Hospital de Santa Maria. Os profissionais terceirizados também encerraram o atendimento nesta terça-feira (7). A empresa informou que não divulgará o valor do débito da SES, mas disse que são 9 meses com pagamento em aberto.

“A dívida da Secretaria de Saúde com a Intensicare chegou a patamares nunca antes atingidos nestes quase nove anos de relação de prestação de serviços…”, diz ofício da empresa enviado à SES em 18 de julho de 2018.

Contradição

Procurada pela reportagem do SindSaúde, a SES não respondeu aos questionamentos sobre esse caso, como tem feito em todas as demandas do sindicato.

Ao Portal Metrópoles, na terça-feira (7), a SES disse que “as mudanças em andamento no Hospital Regional de Santa Maria fazem parte do plano de reestruturação dos leitos intensivos da rede”. Segundo a pasta disse ao portal, a UTI pediátrica do HRSM funcionará, temporariamente, como Unidade de Cuidados Intermediários (Ucin), com 15 leitos. Os demais pacientes com perfil crônico estão sendo transferidos para leitos intensivos em outras unidades hospitalares.

Nesta quarta (8), ao Bom Dia DF, da Rede Globo, a subsecretária de Atenção Integral à Saúde trouxe outra versão. Segundo ela, havia um acordo com a empresa Intensicare para que ela operasse os leitos até setembro. A subsecretária alegou que a terceirizada não cumpriu com o acordado.

A Intensicare enviou todos os documentos e ofícios onde comprova que notificou a SES dos prazos de aviso prévio dos funcionários contratados para a UTI Pediátrica de Santa Maria.

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