Contrato emergencial será por 180 dias e comprova despreparo do atual governo na gestão da saúde pública
Depois de quase deixar a população sem atendimento no 192 do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e desviar os servidores do órgão de função, o governo Distrito Federal assinou um contrato, sem licitação, com uma nova empresa para que o atendimento seja mantido.
A terceirizada que estava na telefonia do Samu deixou o posto após calote do GDF, que deixou de pagar pelo menos 3 meses do contrato. Até os profissionais do Corpo de Bombeiros foram deslocados de seus postos para auxiliar no atendimento do 192.
O convênio com a empresa Defender Conservação e Limpeza terá vigência de 6 meses, não prorrogáveis, e custará aos cofres públicos cerca de R$ 548 mil. O contrato foi publicado no Diário Oficial do DF desta quarta-feira (26).
Relembre
Na madrugada da última sexta-feira (21), os técnicos auxiliares de regulação médica (TARM), cargo responsável pelo atendimento das ocorrências no telefone 192, da Vanerven Solution abandonaram os postos de trabalho por conta de dívidas do GDF.
Para que o serviço não fosse interrompido, diversos servidores públicos da Secretaria de Saúde foram convocados para a tarefa. O trabalho dos TARMs exige treinamento e muitos servidores afirmam que não estão capacitados para exercê-lo.
Conforme noticiado pelo SindSaúde, a Vanerven Solution, antes de interromper o serviço de telefonia, já havia notificado o GDF sobre a possível paralisação de suas atividades. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o calote com a terceirizada já completava pelo menos três meses e a empresa já teria acionado a Justiça na tentativa de receber.