A Câmara Legislativa discutirá, nos próximos dias, o reajuste do auxílio-alimentação pago aos policiais civis do DF. O aumento, que faria com que os servidores da força de segurança passassem a receber um benefício de R$ 850 por mês, precisa ser estendido a todos os servidores do DF.
Essa é a reivindicação do SindSaúde que foi entregue em ofício nesta quinta-feira (10) ao presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rafael Prudente (MDB).
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No documento, a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, comenta que é conhecimento público e notório a gritante diferença de valores pagos pelo Governo do Distrito Federa a título de benefício alimentação entre seus servidores e pede igualdade de tratamento.
“Entendemos que a discussão do projeto de lei enviado pelo Executivo à CLDF é uma oportunidade da Câmara discutir um tratamento igualitário entre os servidores dos diferentes poderes e garantir isonomia com um reajuste do auxílio-alimentação para todos”, explica Marli.
O SindSaúde vem demandando o GDF em inúmeros oportunidades sobre esta reivindicação. Foram enviados ofícios ao secretário de Economia, em 2019, e ofício ao governador Ibaneis Rocha, em 2021, ambos tratando sobre o reajuste do auxílio-alimentação dos servidores.
- Auxílio-alimentação: servidores devem ser tratados com isonomia (Matéria de 2019)
- Auxílio Alimentação – Precisamos de 100% de aumento (Matéria de outubro de 2021)
Tratamento igualitário
O Projeto de Lei nº 2.515/2022 enviado pelo GDF propondo reajuste do benefício à PCDF propõe a suplementação de R$ 392 mensais ao auxílio-alimentação dos policiais civis, que atualmente é de R$ 458. Com isso, a verba indenizatória passa a ser de R$ 850 por mês.
Os servidores do GDF recebem hoje R$ 394,50 como auxílio-alimentação. O valor não é atualizado desde 2014, não acompanhou a inflação e o aumento do preço dos gêneros alimentícios. Na CLDF, por exemplo, o auxílio-alimentação é de R$ 1.340,68.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT), o DF é a lugar mais caro do Centro-Oeste para comer fora. De acordo com o estudo, o preço médio por dia, em 2019, de um prato de comida fora de casa no DF é de R$ 37,14.
“O nome auxílio-alimentação mostra que todos são iguais e têm as mesmas necessidades. Se estamos na mesma cidade e pertencemos a uma mesma fonte pagadora é preciso que sejamos tratados de maneira isonômica. Nós da Saúde trabalhamos direto com os pacientes, principalmente em um momento de pandemia. Um pai não pode dar pão para um filho e pedra para outro, queremos tratamento igualitário para todos”, finaliza Marli.