A área técnica do SindSaúde elaborou a tabela com os ganhos salariais do pagamento da diferença das 4 horas para servidores que cumprem a jornada semanal de trabalho de 40 horas da carreira de Gestão e Assistência Pública à Saúde. De acordo com os cálculos da equipe técnica do sindicato, o percentual do pagamento é de 20% sobre o vencimento.
Para se ter uma ideia, um analista/assistente/técnico em enfermagem – 40 horas, classe especial, padrão V (final de carreira) recebe hoje o valor de R$ 4.961,67, isto com o calote de 16 horas mensais. Após o pagamento, a partir de abril de 2022, vai receber R$ 5.954,00. Um acréscimo de R$ 992,33.
Para um técnico em gestão – 40 horas, padrão XX (final de carreira), o salário passará de R$ 3.098,33 para R$ 3.718,00. Um acréscimo de R$ 619,67 mensais.
Ao todo, o reajuste alcançará 19.300 servidores com jornada de 40 horas, que atualmente só recebem 36 horas mensais. São 11.647 ativos e 7.683 aposentados.
Diferente do que havia sido divulgado em outros veículos, o percentual para a carreira de Gestão e Assistência Pública à Saúde partiu de 6,95%, porém após as atualizações monetárias chegará a 20%.


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Antecipação do pagamento
O SindSaúde, encaminha na próxima segunda-feira (25) um ofício ao secretário de economia, André Clemente, pedindo que o pagamento das 4 horas seja antecipado da data anunciada que é de abril de 2022.
Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, pagar as 4 horas é por fim ao calote imposto por Rollemberg. “A crise já entrou na casa das famílias brasileiras e o orçamento de todos já está mais do que comprometido, muitos não conseguem ver a cor do dinheiro. Então, o pagamento só em abril, nós avaliamos que seja muito longe e é preciso antecipar. Não é só o fim do calote, é também um pouco mais de dinheiro para pagar as dívidas e garantir o alimento do lar”, afirma.
Entenda o calote de Rollemberg
De acordo com o normativo, a aplicação da Lei seria escalonada em setembro de 2014, 2015 e 2016. A prevista revisão de jornada de trabalho foi cumprida em 2014, só que com a entrada de Rodrigo Rollemberg, a Lei não foi mais cumprida, representando um verdadeiro calote nos servidores da Saúde até hoje. Já são mais de 73 meses.
Na prática, os servidores trabalham 40 horas semanais e só recebem 36 horas. Ou seja, quando a carga horária passou de 24h semanais para 20h semanais o salário continuou o mesmo, como previa a Lei, aumentando assim o valor da hora trabalhada, porém para os trabalhadores que fazem 40h o salário não acompanhou esta valorização da hora trabalhada e ficou parado no tempo, são 4h semanais de trabalho de graça desde 2015 para o GDF.