Levantamentos realizados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontam que a segunda onda do novo coronavírus no Brasil pode ganhar força em dezembro deste ano. Caso os casos aumentem, segundo o governador Ibaneis Rocha, o DF está preparado e haverá leitos suficientes.
“Nossas equipes da Saúde, assim como foi feito quando apareceu a pandemia, estão profundamente preparadas. Temos leitos hospitalares e não teremos nenhum problema se vier uma segunda onda”, disse Ibaneis.
De acordo com o governador, no entanto, a expectativa é ter uma vacina em breve. “O que a gente espera, realmente, é que, antes dessa segunda onda, a gente consiga uma vacina, seja lá de onde vier, para que a gente possa imunizar a população de forma geral”.
Cenário no Brasil
Oficiais de inteligência avaliam o cenário, as eventuais ameaças do crescimento de casos em todo o país e repassam as informações ao governo federal.
De acordo com fontes da Abin ouvidas pela reportagem do Correio Braziliense, já se avalia que o Brasil está na rota de uma segunda onda devastadora, mas que pelos dados iniciais, pode ter menos força que a primeira, que chegou ao país em março e permanece, em menor escala, até os dias atuais.
O afrouxamento do isolamento social nos estados e aglomerações decorrentes do período eleitoral, para avaliações de dentro da Abin, devem acelerar a transmissão entre a população e elevar o número de mortes por covid-19.
“Uma segunda onda é esperável, por diversos motivos (chegada à base da curva de casos, e relaxamento das medidas de distanciamento, em nível pessoal, institucional e social). Soma-se a isso a realização das eleições, cujos efeitos deverão ficar mais visíveis em dezembro”, afirmou uma fonte da Abin ouvida pela reportagem.
Na última quarta-feira (25), o país registrou 47 mil novos casos de covid-19 e 654 óbitos em 24 horas.
A taxa de transmissão está em 1,3, de acordo com estudos do Imperial College de Londres. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas, passam o vírus para outras 130, acelerando a disseminação da doença.
Com informações do Correio Braziliense e Metropoles