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sábado, 27 abril, 2024

Aumento de casos na Europa mostra que Covid-19 ainda é um desafio, diz Fiocruz

Números de casos e mortes cresceram entre pessoas que não se vacinaram

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

O recente crescimento de casos e mortes na Europa mostra que pandemia da Covid-19 ainda é um desafio mundial, aponta o Boletim do Observatório Covid-19 Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado esta semana. 

A nova edição do boletim da Fundação  reforça a preocupação com o retorno, nos últimos dias, de medidas restritivas em diversos locais da Europa. 

O aumento do número de casos e mortes no continente europeu ocorre principalmente onde cobertura vacinal não vem progredindo. 

No Brasil, os dados apontam uma manutenção da tendência de queda dos indicadores – casos, óbitos e ocupação dos leitos -, conforme a vacinação avança no país. 

Pandemia dos não vacinados

A atual situação desses países europeus, que tem sido chamada de “pandemia dos não-vacinados”, serve de alerta para a necessidade de avanço na vacinação. 

O Brasil tem hoje cerca de 60% da população com esquema vacinal completo, com uma estimativa de 1.15 óbitos por milhão de habitantes, segundo dados disponíveis Our World In Data

Entretanto, países como a Áustria, Lituânia e Alemanha, com percentuais maiores da população vacinada (63,7%, 65,2% e 67% respectivamente) vêm não só enfrentando um grande crescimento de internações, principalmente entre os não vacinados, mas também no indicador de óbitos por milhão de habitantes, que se encontra em 2.23 para Alemanha, 4.00 para Áustria e 10.62 para Lituânia.  

“Definitivamente, a vacinação, descolada de outras recomendações não-farmacológicas, não será suficiente para determinar o fim da pandemia”, afirmam os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz, responsáveis pelo Boletim

Ações preventivas contra a pandemia

Eles chamam atenção para o abandono das ações preventivas no Brasil, especialmente a liberação do uso das máscaras e o relaxamento das medidas de distanciamento físico. 

Segundo os cientistas, além de ser consequência da baixa adesão populacional, este cenário é principalmente um reflexo do desincentivo dos governos nos diferentes níveis para sua adoção.

O Observatório vem acompanhando o padrão dos indicadores de distanciamento físico, concomitante à progressão na cobertura vacinal. 

Um valor negativo significa que há maior circulação nas ruas do que no período anterior ao início da pandemia. Valores positivos, ao contrário, indicam que as pessoas estão mais reclusas em seus domicílios. 

Os indicadores de distanciamento físico analisados mostram que no Brasil, desde meados de julho, o índice se encontra abaixo de zero. Ou seja, a população brasileira hoje tem circulado nas ruas de forma mais intensa do que antes da pandemia. 

“Embora este padrão não seja homogêneo no país (há diferenças entre estados ou municípios, por exemplo) os dados permitem dizer que trata-se de uma circulação de grande intensidade. O padrão é especialmente preocupante em um cenário em que os índices de transmissão ainda são considerados altos no país”. 

Distanciamento no Brasil

Boletim chama atenção ainda para a ausência de distanciamento físico no país, que deve ser observada desde transporte público até atividades de comércio e lazer. 

Além disso, aglomerações em espaços abertos podem igualmente representar risco, já que a proximidade entre as pessoas é determinante do contágio. Somando-se a este quadro, estão a eventos como festas de natal e revéillon e chegada das férias escolares.

Leitos de UTI para Covid-19

O Distrito Federal, assim como outros 25 Estados brasileiros, está fora da zona de alerta para ocupação de leitos de Covid-19. 

A ocupação na capital federal está em 58%. Apenas Rondônia está na zona de alerta intermediária.

Casos e óbitos por Covid-19

Os dados registrados na Semana Epidemiológica (SE) 45, de 7 a 13 de novembro, mostram um ligeiro aumento dos valores de indicadores da transmissão da Covid-19. Foram notificados, ao longo da SE, uma média diária de 11,4 mil casos confirmados e 260 óbitos por Covid-19. 

Esses valores representam um pequeno aumento do número de casos registrados (1,9% ao dia) e do número de óbitos (1,2% ao dia) em relação à semana anterior (31 de outubro a 6 de novembro). A taxa de letalidade também vem caindo no país. Atualmente está na faixa de 2,3%. 

Segundo a análise, apesar de ainda ser considerada elevada em relação aos padrões internacionais, a tendência comprova a efetividade da campanha de vacinação.

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