A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta terça-feira (20), a autorização do uso emergencial do coquetel que contém a combinação de casirivimabe e imdevimabe (REGN-COV2), remédios que auxiliaram no uso emergencial contra a Covid-19. Os medicamentos foram desenvolvidos pela farmacêutica Roche, sendo o segundo medicamento aprovado pela agência.
A liberação ocorreu durante a 6ª Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada (Dicol), na manhã desta terça-feira. Os diretores avaliaram a demanda de solicitação de medicamentos para uso emergencial, de caráter experimental. A reunião foi realizada por videoconferência, acompanhe aqui:
O gerente geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, expõe que “Esses produtos são o que a gente chama de anticorpos monoclonais. A ideia dessa proposta é neutralizar o vírus para que ele não se propague nas células infectadas e assim controlar a doença”.
Esse medicamento serve para tratar adultos e pacientes pediátricos (com mais de 12 anos e que pesem no mínimo 40kg), que não precisam do auxilio de oxigênio, que está infectado pela SARS-CoV-2 confirmada por laboratório e que apresentam alto risco de progressão para Covid-19 grave. Indicado para quem está no começo da doença, a venda será restrita a hospitais e proibida para o comércio.
A agência informa que, “anticorpos monoclonais como casirivimabe e imdevimabe podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com Covid-19 que necessitam de suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica”. Lembrando que o medicamento não pode ser usado em paciente graves.
Esse coquetel é baseado nos anticorpos criados naturalmente pelo sistema imunológico do corpo. O remédio é utilizado para tratamento de câncer e doenças autoimunes que são criadas a partir de uma única célula e clonados em laboratório.
É importante destacar que esses anticorpos não previnem a doença.