O SindSaúde promoveu na manhã desta segunda-feira (13), o Café da Manhã Contra o Assédio e Pela Democracia com servidores do Hospital Regional do Gama – HRG. O evento foi marcado após denuncias de assédio moral sofrido pelos trabalhadores da unidade.
O café foi um momento de defesa dos princípios democráticos e contra qualquer tipo de perseguição ou opressão aos servidores. “Temos que combater o assédio todos os dias de nossas vidas. O HRG é um local histórico e simbólico na luta contra o assédio. Se existe uma coisa que esta unidade sabe fazer é lutar pela democracia, além de atender os pacientes com eficiência e dignidade”, destaca Marli Rodrigues.

Estiveram na mesa do debate, Marcos Rogério, diretor do SindSaúde; Gabriel Pimentel, administrador na Secretaria de Saúde; Dr. Leonardo Chagas, advogado do SindSaúde; Verônica Miranda, gerente de enfermagem do HRG; e Diego da Silva, diretor administrativo da Superintendência da Região de Saúde Sul.

Em sua fala, Marcos Rogério, que atuou no HRG por mais de 30 anos, relembrou as grandes lutas vivenciadas na unidade ao longo da história. “Acompanhamos este tipo de situação há muitos anos. Todo servidor é igual e merece ser tratado com respeito. É dever do sindicato falar da saúde do trabalhador e é por isso que estamos aqui”, disse.

O diretor administrativo Diego da Silva reafirmou a posição da gestão contra qualquer tipo de assédio contra o trabalhador. “A gestão do hospital não é conivente com nenhum tipo de assédio, coação ou opressão. Antes de ser servidor, somos seres humanos. Se o hospital funciona é por conta dos servidores. Não vamos admitir qualquer tipo de assédio”, ponderou.

Para a gerente de enfermagem do HRG, Verônica Miranda, o gestor precisa cuidar dos servidores. “Minha maneira de gerir a enfermagem do hospital é ouvindo. Ouvir é o divisor de águas contra o assédio. Amar o hospital faz toda diferença e nós amamos o HRG. Estou com vocês, nossa luta é pela moralidade e dignidade do serviço público”, disse Verônica.

Já o administrador Gabriel Pimentel, pontuou que não há como ter um trabalho efetivo, se houver ruídos nas equipes. “Não tem como ter um Sistema Único de Saúde de qualidade se não se trata bem o servidor. Assédio moral é um ato de covardia. Clima organizacional ruim só produz trabalho ruim”, destacou.
Por fim, o advogado Leonardo Chagas explicou brevemente a importância da união dos trabalhadores. “Por vezes, o assédio é camuflado e silencioso. O assediador não faz uma nota oficial no sistema ofendendo alguém, o assédio é sorrateiro. Por isso, o apoio tem que ser coletivo, para materializar o que cada um está sentindo”, explicou.

Outros diretores do SindSaúde e servidores que estavam presentes tiveram oportunidade de fala, entre eles, a servidora Francisca relembrou momentos ruins que sofreu quando mais precisou de apoio. “O que eu falo é pra que nenhum de nós, servidor ou não, passe por esta situação. Nós somos família, passamos a maior parte do nosso dia juntos. Não se pode tratar ninguém mal”, afirmou.
Para finalizar, a diretora do sindicato Laura Batista confirmou a necessidade dos servidores se apoiarem. “Precisamos estender as mãos e mostrar que ninguém está sozinho. Quando os servidores estão unidos, não há assediador que cresça”.
Completou Rodrigo Conde, também diretor sindical, “essa luta é grande, não começou ontem e não vai acabar amanhã, todos os dias vamos reafirmar esta posição. Assédio não”, encerrou.
Após as falas, a presidente do SindSaúde, em nome do sindicato, presenteou o hospital com uma placa que lembrará que o HRG, e nenhum outro hospital da SES, é lugar para assédio. O evento terminou com todos os presentes compartilhando uma mesa de café da manhã.

Veja todas as fotos do evento: