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domingo, 5 maio, 2024

Sumiço do ponto tem provável autor

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Desde a última sexta-feira (21), a Secretaria de Saúde perdeu a base de dados do Forponto, sistema que registra a assiduidade de seus 32 mil servidores, gerando um prejuízo sem precedentes quanto ao controle das horas trabalhadas e também das extras. O governo diz ainda apurar o ocorrido, mas fontes denunciaram ao SindSaúde-DF que há fortes indícios de que o responsável pelo sumiço seja um ex-gestor da Pasta.

De acordo com a denúncia, o desaparecimento da base de dados ocorreu após o ex-presidente da Comissão do Ponto, Tiago Amaral Flores, ter estado na Subsecretaria de gestão de Pessoas (SUGEP) na semana passada. Amaral foi exonerado há cerca de seis meses e, na ocasião, teria afirmado que sem ele a Secretaria ficaria ‘sem ponto’. Ainda de acordo com a fonte ouvida pelo SindSaúde, em sua visita ele teria pedido asilo ao governo, o que não foi atendido.  

Existem duas formas de manter esses dados, ou ficam na empresa contratada para prestar o serviço ou na CTINF (Coordenação de Informática). É a CTINF que realiza backups diários dessas informações. Todos os servidores da comissão estão desde sexta sem conseguir entrar no sistema, entretanto, há a chamada ‘Senha Full’, que dá passe livre a todo o Forponto. Enquanto gestor, Amaral possuía tal acesso.

 “Apesar de estarmos próximos ao Natal, ninguém aqui acredita em Papai Noel. Esses dados foram deliberadamente subtraídos. E não é estranho que tudo se perca após essa volta?”, questiona a presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues.  “Querem colocar a culpa nos servidores por causa da nossa paralisação de segunda –feira (24), mas o sistema está assim desde a sexta. O maior interessado em sumir com os dados do Forponto era o próprio governo e seus agentes do mal. Aqui vai o nosso toque para a polícia, comece as investigações por esse ex-gestor”,  completou.

“O que tem que ficar bem claro é que as investigações em curso da polícia civil, da CPI da Saúde, do Tribunal de Contas e do Ministério Público passam, obrigatoriamente, pelo Forponto. E agora? Quem errou e pode ser responsabilizado por improbidade administrativa? Esse seria o maior interessado no sumiço dos dados. Sistema caro e frágil, né?”, finalizou.

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