O Brasil vem perdendo com grande desvantagem a luta contra o mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da já conhecida dengue e que recentemente está em maior destaque por disseminar também a Chikungunya e o Zika vírus. Tal derrota nada mais é o retrato da inércia do governo federal que parece ainda não ter acordado para a gravidade do problema. O Ministério da Saúde e, aqui no DF, a Secretaria de Saúde, precisam tomar as rédeas da situação enquanto ainda não há uma solução definitiva. Precisamos falar sobre prevenção.
A SES-DF precisa sair na frente e disponibilizar repelentes para profissionais que trabalham expostos nas ruas, para mulheres em idade fértil, grávidas e crianças. O SindSaúde já discutiu essa ideia com diversas autoridades e está mais do que na hora disso sair do papel. A Pasta e o Ministério devem evitar que um mal ainda maior se instale em nossas famílias, pois ele será a personificação da culpa de um país que não investiu em saúde, muito menos em pesquisa para evitar a dor do seu povo.
Assim como casos recentes como o da lama de Mariana, ou até mesmo de décadas atrás a exemplo do Edifício Palace II, que em 1998 desmoronou no Rio de Janeiro devido a falhas em sua construção, o Zika vírus é mais uma tragédia anunciada graças a um governo que espera pagar para ver. Em vez de pensar apenas no tratamento das vítimas da doença é preciso investir pesado em pesquisa. O governo está mais preocupado em montar clínicas para a reabilitação para toda uma geração com microcefalia, a custos baixos, do que combater de verdade a situação.
O Brasil não investe em pesquisa como deveria. Convivemos com o Aedes há décadas, até ele mesmo já sofreu mutação, e nós ainda não conseguimos combatê-lo. Nossos jovens cientistas precisam ser incentivados. Ou será que vamos esperar que essa vacina venha do exterior e assim custe ainda mais caro aos cofres públicos?
Infelizmente nosso sistema tem contribuído para que o mosquito ocupe sempre a pole position. Está na hora do Brasil vencer essa corrida. Do jeito que está, não pode mais ficar. Por aqui, o GDF precisa construir parcerias para governar o Estado, pois se não o caos pode ser um paraíso diante do que ocorrerá com essa cidade.
Existe pátria educadora sem investimento pesado em pesquisa científica? Existe pátria educadora com deficiência grave na atenção primária?