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sexta-feira, 26 abril, 2024

Agentes Comunitários e Técnicos: Pilares do Sucesso do PNI em seu 50º Aniversário

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O Programa Nacional de Imunizações (PNI) celebra seu 50º aniversário em 2023, e nessa jornada, agentes comunitários de saúde e técnicos de enfermagem desempenham um papel fundamental na expansão do alcance do Sistema Único de Saúde (SUS). Maria Lúcia de Araújo, 54 anos, residente de Irajá, no Rio de Janeiro, é um exemplo notável. Como agente comunitária de saúde, seu cotidiano envolve muito mais do que compras no mercado. Ela leva o SUS diretamente aos pacientes, e onde quer que vá, conversa sobre vacinas, consultas médicas e exames agendados.

Maria Lúcia, uma figura de referência em sua comunidade, não hesita em responder a dúvidas na rua, na padaria ou no supermercado. “Eu gosto muito, porque é um modo de estar junto da população e das pessoas que realmente estão precisando de suporte e ajuda. Você adquire muito conhecimento e consegue entender certas coisas que, quando você está fora da área da saúde, você não entende”, compartilha ela. Responsável pelo acompanhamento de quase 800 pessoas, seu trabalho inclui a busca ativa por crianças que não foram vacinadas conforme o calendário.

Quando o sistema aponta a falta de uma dose, Maria Lúcia vai pessoalmente atrás de explicações e, principalmente, de proteger a saúde dessas crianças. O trabalho de busca ativa de vacinação, que resgata aqueles que não foram vacinados, é uma estratégia vital para o PNI, e são os 295 mil agentes comunitários de saúde e 193 mil enfermeiros e técnicos de enfermagem que garantem que as vacinas cheguem a todos, mesmo em áreas onde a acessibilidade é um desafio.

Mayra Moura, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca a importância desses agentes comunitários: “O agente comunitário de saúde é imprescindível. É ele que consegue dar capilaridade ao programa. É ele que tem acesso a cada casa, a cada pessoa. Ele é uma referência. Esse trabalho do agente na ponta, que conhece as famílias, é fundamental para a adesão dessas famílias”.

No entanto, para alcançar o sucesso do programa, é essencial investir na capacitação desses profissionais, garantir carreiras sólidas e remuneração justa. Eles desempenham um papel crucial na recuperação das taxas de vacinação, criando vínculos com a comunidade e transmitindo confiança no sistema de saúde.

A busca ativa casa a casa realizada por esses profissionais está apresentando resultados notáveis. No Rio de Janeiro, o programa Geovacina reduziu significativamente o número de unidades com cobertura vacinal inferior a 80%, aumentando a adesão às vacinas. Esses esforços também têm contribuído para combater a desinformação sobre vacinas, crucial em tempos de fake news. O papel desses profissionais não é apenas administrar vacinas, mas também educar e construir confiança. Em última análise, o sucesso do PNI depende de agentes comunitários de saúde e técnicos dedicados, que desempenham um papel vital na proteção da saúde da população brasileira.

Com informações: Agência Brasil

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