A lei do improviso tem imperado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Sem ter material adequado, os servidores se veem obrigados a usar até mesmo sacos de lixo para não deixar que o atendimento pare. Devido à falta de capote, os pacientes padecem na hora dos cuidados mais básicos como o banho no leito e a fisioterapia.
A presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues, alerta que a falta de material adequado gera uma quebra de protocolo que põe em risco a vida de pacientes e profissionais. “É um absurdo que vidas sejam expostas a tamanho perigo. O governo rompe padrões estabelecidos pela CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) e não se responsabiliza pelas consequências. Se não fossem os trabalhadores, que mesmo diante do mais absoluto caos não deixam de atender, o que seria desses pacientes?”, criticou. “Enquanto acontecem investigações em vários órgãos de controle e fiscalização, os pacientes continuam sofrendo nos interiores dos hospitais e os profissionais trabalham cada dia mais acuados e improvisando para salvar vidas. Essa é a nossa realidade, um triste abandono”, lamentou.
Procurada pelo SindSaúde-DF, a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde informou que, segundo a diretoria administrativa da Região de Saúde Sul, ocorreu um atraso no processamento da lavagem de roupas no HRSM devido à reforma da área física da empresa terceirizada responsável pelo serviço. De acordo com a Pasta, 600 capotes descartáveis foram disponibilizados nas áreas emergenciais (UTI e centro cirúrgico) e outros estão sendo distribuídos nas unidades na manhã desta quinta-feira (25). SES-DF finaliza informando que a previsão é que a situação seja normalizada até o fim da tarde de hoje.
O SindSaúde-DF seguirá averiguando.
