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A ponta do Iceberg da triste realidade da saúde pública do Distrito Federal

Segundo documentos da Secretaria de Saúde, cerca de 50% das ambulâncias estão paradas sem transportar pacientes e socorrer pessoas nas ruas.

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

A face visível do problema da saúde pública no Distrito Federal revela-se através de um cenário alarmante: metade das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está inoperante, deixando uma população vulnerável à própria sorte. Os números não mentem: de um total de 40 veículos, 21 encontram-se parados, incapazes de cumprir sua missão vital de socorrer e transportar pacientes.

As estatísticas da Secretaria de Saúde pintam um quadro desolador: das 10 ambulâncias de Unidades de Suporte Avançado (USA), nove estão fora de operação, enquanto das 30 Unidades de Suporte Básico (USB), 12 estão paralisadas, em sua maioria por falta de manutenção. Esta realidade se traduz em angústia para 182 pacientes que aguardam ansiosamente por socorro, incluindo crianças em estado crítico, deixando-os à mercê de uma espera desesperadora, onde cada segunda conta e a sensação de abandono se torna avassaladora.

A crise não se restringe apenas à falta de veículos em funcionamento. O déficit de leitos pediátricos na rede pública agrava ainda mais a situação, com 41 crianças aguardando por assistência, enquanto o hospital do Gama, vital para o atendimento infantil, enfrenta o fechamento de seu setor de pediatria, devido ao desvio de função de médicos para cargos administrativos. Este colapso no sistema de saúde do Distrito Federal não apenas expõe a fragilidade do serviço público, mas também resulta em vidas perdidas, seja pela falta de atendimento imediato ou pelo avanço descontrolado de doenças como a dengue.

Diante deste panorama desolador, os esforços hercúleos das equipes do Samu se tornam ainda mais cruciais, pois enfrentam uma demanda crescente com recursos cada vez mais escassos. A representante da enfermagem na Câmara Legislativa alerta para a gravidade da situação, evidenciando não apenas a escassez de veículos, mas também a deficiência na atenção pré-hospitalar, que compromete a chegada dos pacientes aos leitos de UTI.

A ineficiência do sistema não passou despercebida pelas autoridades, com o Ministério Público do DF e Territórios cobrando um plano de ação urgente para regularizar o transporte de pacientes entre hospitais. Os números alarmantes de ocorrências não atendidas e a sobrecarga no transporte entre unidades da rede pública evidenciam a urgência de medidas corretivas.


“Essa triste realidade do Samu, com apenas metade funcionando, e a situação da saúde em Brasília refletem exatamente como a Secretaria de Saúde está há algum tempo, operando apenas com metade do interesse, enquanto a outra metade é pura terceirização. E a pergunta que não quer calar: quem vai socorrer o povo? ” – Relatou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

Diante das críticas, a Secretaria de Saúde oferece sua versão, mas os números divergentes não diminuem a gravidade da situação. É inegável que ações imediatas são necessárias para sanar os problemas contratuais e garantir o pleno funcionamento das ambulâncias, pois cada vida perdida devido à ineficiência do sistema é uma tragédia evitável por dia, sete dias por semana”, afirmou.

Com informações do Metrópoles

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