Estamos no mês mais triste dos últimos anos no Brasil, é o que diz a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a pneumologista Margareth Dalcolmo. O agravamento da pandemia está enlutando e apavorando nosso povo que não sabe para onde ir. Devido a falta de um líder sensato que tenha a capacidade de trabalhar pela vida dos brasileiros, a situação é ainda mais crítica.
As portas do Palácio do Planalto abrem-se simbolicamente impulsionadas pela gravidade do momento que vivemos e gritam para Bolsonaro: FORA! A única saída para um governo indigno é a renúncia. Se isto não ocorrer, o Congresso deve dar uma resposta firme e eficaz, agora é questão de sobrevivência. Os políticos brasileiros estão subestimando a capacidade do povo, e se o Poder Legislativo ficar inerte, só haverá uma alternativa: Lutar.
Vergonha mundial
O Brasil chegou a uma condição de vergonha mundial, ficaremos do ponto de vista econômico completamente isolados. Seremos conhecidos como um povo contaminado, com uma doença que mata, e sem uma liderança. Quando um país não tem liderança até o vírus faz a festa.
Cepa Bolsonaro
Temos uma nova cepa, uma nova variante da Covid-19, conhecida como brasileira, ela pode ter uma carga viral até dez vezes mais elevada e é capaz de iludir o sistema imunológico de quem já possuía anticorpos, revelam estudos preliminares. Porém, esta cepa poderia se chamar Bolsonaro, ele é a mais violenta variante que causou o agravamento da pandemia do novo coronavírus no país. Isso é uma vergonha. Chegamos a este ponto, por conta do descuido do presidente. Seu negacionismo ignorante nos levou para um ‘isolacionismo’, o preço será a fome e a miséria em um futuro próximo, isto pode gerar uma guerra civil logo após a pandemia. Não existe ninguém tão culpado pelo agravamento da pandemia no Brasil como Bolsonaro.
Os poderes Judiciário e Legislativo não podem ficar calados perante a incapacidade de Bolsonaro. É necessário mostrar que a República é feita de pilares consistentes que precisam assegurar a vida do povo. Neste momento, a responsabilidade toda é de Bolsonaro, que não tomou as iniciativas necessárias no início da pandemia, não providenciou a vacina, ridicularizou o vírus, fez chacota com os mortos, desrespeitou as famílias que sofrem pela perda de entes queridos, negando o inegável, e o resultado são mais de 280 mil óbitos, com a previsão do mês de março mais triste da história brasileira.
O problema não é a tropa, é o comando
Esta troca de Ministros da Saúde, de Eduardo Pazuello para o médico Marcelo Queiroga, é história criada para ocupar a mídia, na prática, pouca coisa vai mudar. Bolsonaro trocou o ministro, mas quem comanda é ele. É o presidente que exerce, de forma ilegal, a medicina quando prescreve o uso de medicação sem comprovação científica comprovada. É ele quem domina, seus ministros não mandam em nada, são apenas fantoches. Bolsonaro sabe bem como levantar cortina de fumaça e esconder os reais problemas de seu governo. O que adianta substituir o ministro se o Brasil continuará com o mesmo Bolsonaro?
Nosso povo não pode ser penalizado por conta da insensatez e insensibilidade deste desgoverno. Bolsonaro, pelo menos desta vez, mostre-se uma pessoa com um pingo de vergonha e renuncie, não conseguimos mais respirar. A porta está aberta, você perdeu a capacidade de governar, além de um péssimo presidente, lhe falta a alma.