Em busca de derrubar as expectativas do governo do Distrito Federal e mostrar a real face das organizações sociais de saúde (OSs), o SindSaúde participou, nesta sexta-feira (8), em Goiânia da assembleia geral dos profissionais de saúde que estiveram em greve por 25 dias. Na ocasião foi decretado o fim do movimento e a volta do atendimento normal nas unidades de saúde.
A presidente do Sindsaúde de Goiás, Flaviana Alves, afirmou que a luta continua. “O movimento de greve para, mas continuaremos firmes para mostrar que nós, organizados, podemos avançar cada vez mais nos nossos direitos”, afirmou.
As organizações sociais de saúde estão nos maiores hospitais do estado, o que não significa que o atendimento à população esteja satisfeita e os problemas tenham acabado, como prega o GDF. As filas, a superlotação e a demora no atendimento são uma realidade, assim como o SindSaúde constatou nas unidades de saúde que são geridas por OSs em Recife e João Pessoa.
“Não podemos deixar que o governo terceirize sua responsabilidade, tanto com os servidores quanto com a população. O concurso público é a maneira mais democrática de alguém trabalhar na rede pública, com as OSs a saúde vai virar cabide de emprego, entrando só quem é indicado”, afirmou Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.
Para Marli Rodrigues o governo do Distrito Federal tem se omitido em muitos problemas, como a falta de profissionais de saúde. “Existem seis mil concursados que esperam convocação, além disso tantos médicos ainda estão na parte administrativa, deixando a atividade fim”, disse.
Visitas – A presidente do SindSaúde do DF, Marli Rodrigues, foi muito bem recebida pela presidente do mesmo sindicato de Goiás, Flaviana Alves, assim como por parte de sua equipe, Leocides José de Souza, Fábio José Basílio, Mauro Rubem de Menezes Jonas e Shirlei. “Eles se dispuseram e nos acompanharam em visitas em UPAs e hospitais de Goiás. A troca de informações é essencial para que a rede pública de saúde saia vitoriosa e sem ser terceirizada”, disse Marli Rodrigues.