A diretoria do SindSaúde e representantes da Nova Central (NCST) se reuniram com a presidente da Câmara Legislativa do DF, deputada Celina Leão, para conversar sobre a votação da antecipação orçamentária para o pagamento dos vencimentos dos profissionais de saúde. Mas a reivindicação não parou aí.
A presidente da CLDF, Celina Leão, prometeu autoconvocação para votar a Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) ainda essa semana. “A Câmara Legislativa não é impedimento para o pagamento do servidor público, por isso coloco a Casa à disposição para a votação imediata quando receber a proposta”, afirmou.
Além disso, a deputada disse que vai intervir junto ao governador do DF, Rodrigo Rollemberg, pelos profissionais da saúde e pela população. “A situação não pode continuar desse jeito. O paciente não quer saber de quem é a culpa, ele quer a assistência, assim como vocês profissionais da saúde que estão procurando uma ajuda para ajudarem aos seus colegas e aos cidadãos”. Ela garantiu apoio ao SindSaúde.
“Sempre trabalhamos com improviso que nos é imposto, mas agora estamos tendo que trabalhar à base de milagres”, afirmou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
Problemas – O caos que está instalado na rede pública de saúde, como falta de medicamentos básicos, insumos e as péssimas condições de trabalho, foram expostos por profissionais de diversas áreas. “As lavanderias estão em estado crítico. As roupas que deveriam duram cerca de 60 dias são jogadas fora com 20, porque são batidas várias vezes para tentar tirar as manchas”, explicou Prisco Fernandes, servidor no HMIB e diretor do SindSaúde.
Outra reclamação exposta à deputada são os desvios de função. “Cerca de 500 médicos estão com desvio de função na Secretaria. Eles estão deixando de atender pacientes para exercer funções que não são deles. Isso está acarretando o acúmulo de horas extras de outros colegas de trabalho para cobrir esse buraco”, disse Rodrigo Conde, diretor do SindSaúde.
A preocupação com a saúde dos servidores foi colocada em debate pela presidente da Nova Central no DF, Vera de Morais. “Os servidores da saúde estão adoecendo porque não conseguem mais exercer sua função com propriedade. As condições dos hospitais e a falta de insumos estão maltratando nossos profissionais da saúde. Não pode continuar assim”, afirmou.
