O secretário de Saúde, João Batista, anunciou ontem (22) sua saída do governo de Rodrigo Rollemberg. Em seu lugar, entra Fábio Gondin*. Diante desse novo quadro, o SindSaúde levanta um debate: somente substituir o gestor da saúde resolve o problema? Acreditamos que a questão vai um pouco além.
Em nosso discurso sempre apontamos que a gestão ineficaz é o tendão de Aquiles da SES-DF, entretanto, a mudança do cargo precisa vir aliada com outras ações para surtir efeito positivo. O novo secretário precisa ter autonomia para liderar.
Primeiramente, o GDF precisa conceder-lhe a liberdade de montar sua própria equipe e reformulá-la, se jugar necessário. Adversários e opositores da saúde devem ser removidos de seus cargos de gestão nas regionais. É preciso fazer uma faxina na casa. A autonomia também vale para pontos cruciais, como na compra de equipamentos e insumos.
É preocupante que o novo secretário, vindo do Maranhão, desconheça a nossa história. Apesar disso, ele precisa, acima de tudo, fazer uma gestão compartilhada com os servidores. Que seja um processo de união, onde valha a pena para o servidor trabalhar sem ser sacrificado e a população não seja penalizada com a falta de condições.
E que venha o novo secretário! Governo é governo, sindicato é sindicato.
*Quem é Fábio Gondin: consultor do Senado, especialista em Orçamento. Já foi secretário de Gestão e Previdência do governo de Roseana Sarney (PMDB), de 2011 a abril de 2014, e concorreu a uma vaga de deputado federal pelo PT no Maranhão, mas não foi eleito.