A direção do SindSaúde esteve reunida na manhã desta quinta-feira (14) com servidores da lavanderia do Hospital Regional do Gama (HRG) e ouviu queixas quanto à terceirização da lavagem das roupas da unidade. Além de ameaçar o futuro dos trabalhadores — que ainda exercem funções como dobrar, separar, distribuir e recolher o material —, a qualidade do serviço está comprometida. Marli Rodrigues, presidente do sindicato, e o diretor Marcos Rogério buscaram ainda o diálogo com o diretor administrativo do HRG, Licoln Monteiro.
Para os servidores, a terceirização chegou ao HRG trazendo muitos problemas, começando pelo transporte do material, pois o caminhão que recolhe a roupa suja é o mesmo que trás a que foi já higienizada. Outra questão é que já começa a faltar roupas no hospital, o que, segundo relatos dos trabalhadores, causou até o cancelamento de cirurgias.
“Não há justificativa pois a lavanderia está totalmente equipada, tem máquina lá dentro que vale 1 milhão de reais e a manutenção continua sendo feita. Além disso tem servidores capacitados para isso. O que poderia ser feito para melhorar é a contratação de novos profissionais, mas terceirizar o serviço não era necessário”, afirmou uma servidora. “Acredito que só começaram porque querem terceirizar tudo, inclusive o espaço físico poderá ser cedido à iniciativa privada”, acrescentou Marli.
Procurado pela direção do SindSaúde, Monteiro afirmou que os direitos dos servidores serão respeitados, podendo até mesmo mudar para o setor que escolherem, inclusive próximo de suas casas. Ficou acordado ainda que haverá uma maior aproximação da direção e do departamento de Recursos Humanos do HRG para definir medidas em conjunto com os trabalhadores.
Mesmo assim, ainda há muitos questionamentos. O SindSaúde está acompanhando e aguarda o desenrolar dos fatos. “Esperamos que o diálogo com a categoria seja realmente mantido e com isso, haja um consenso entre direção e servidores. Mas uma coisa é certa, a terceirização nunca será a melhor opção”, avaliou Marli.