Diretoria do SindSaúde está na unidade para apurar novas denúncias de trabalhadores
O SindSaúde continua recebendo denúncias de assédio e opressão por parte da diretoria Administrativa do Hospital Regional do Gama (HRG). A presidente do sindicato, Marli Rodrigues, e os diretores Marcos Rogério e Dalva Andrade estão, nesta terça-feira (1º), na unidade e apuram os casos que vem atrapalhando o trabalho dos profissionais com práticas abusivas contra a categoria e que não serão toleradas pela direção do sindicato. O que se diz pelos corredores da unidade é que nem a superintendência consegue parar as ações assediadoras da Diretoria de Administração.
Com adjetivos pejorativos que em nada expressa o que de fato são os servidores do HRG, a administradora insiste em taxá-los de lixos, preguiçosos e inoperantes. Outra servidora, que se apresenta na unidade como assessora da administratora, usa o mesmo tipo de tratamento com os trabalhaodres. “Lixos, preguiçosos e inoperantes” estão entre as ofensas por parte da tal assessora, segundo uma denunciante.
Para o diretor Marcos Rogério, essas situações mostram falta de responsabilidade com a equipe e falta de capacidade para ocupar o cargo. “Os servidores estão atuando com medo, e isto não é clima organizacional para qualquer lugar, ainda mais para um hospital”, afirma.
No print abaixo, a diretora mostra um comportamento lamentável contra os servidores, mostrando despreparo e gestão à base de ameaças.
“A situação do HRG é pior do que vocês imaginam, servidores estão se sentindo coagidos por essa mulher. Ela os trata mal, é grosseira, grita com quem quer, não respeita ninguém e diz que “ela pode tudo”. A Diretora Administrativa sai aos corredores valendo-se de seus conhecidos pessoais para intimidar os servidores”, destaca uma servidora que enviou mensagem ao SindSaúde-DF.
Em outro print, em mensagens de texto enviadas pela diretora ela sugere o fim da “classificação” no HRG. No entanto, a Classificação de Risco é um protocolo determinado pelo Ministério da Saúde para o atendimento no serviço público de saúde. Observem também na imagem como os servidores são tratados:
Sem vivência da rotina
A presidente Marli Rodrigues lembra que esta administradora caiu de paraquedas na gestão da unidade, sempre trabalhou no Ministério da Saúde e nunca esteve na ponta, atendendo a população e tendo ciência de como é o dia a dia de um servidor, tampouco, conhece a brilhante história do Hospital Regional do Gama. No fim de tudo isso, quem sofre é o paciente, o povo, aquele que paga o salário da paraquedista.
Segundo trabalhadores do local, até a geladeira e o micro-ondas, que eles usam para aquecer suas refeições, ela quer tirar e forçar os servidores a se alimentarem fora da unidade. “Até as 40h ela ameaça cortar dos servidores, o que é um absurdo e uma ignorância sem limites”, denuncia um outro trabalhador.
Sem planejamento
Na última sexta-feira, servidores e pacientes denunciaram a tentativa de fechamento da Pneumologia do HRG, área importantíssima. Um paciente relatou que ele foi transferido da Pneumologia para um espaço dentro da Tisiologia. Clique aqui e leia matéria completa.
“A população do Gama e os servidores estão muito preocupados com o caos que tudo pode se tornar caso essas decisões sejam confirmadas e mantidas. Não podemos permitir que tantos problemas sejam causados na unidade”, destaca Dalva.
Para aparecer aos governantes, a administradora gosta de enaltecer a realização obras, o que é muito importante, mas esquece-se que o maior bem de um hospital é o trabalhador que é quem tira a dor do paciente.
A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, lembra que o HRG é um marco de luta e resistência. “Quem conhece o HRG sabe que é um local de luta, onde não desistimos, e esta batalha está só começando. Não sabemos como termina, mas sabemos que não vamos recuar”, destaca.