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sábado, 27 abril, 2024

Redução de vigilantes na Saúde expõe servidores e pacientes à violência

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

SES-DF determinou corte de 8%; servidores temem exposição à violência ainda maior do que a já sofrida

Em vez de sanar os problemas já existentes, o governo parece buscar novos. Desde a semana passada, o SindSaúde vem recebendo denúncias de servidores apavorados com a redução de vigilantes nas unidades de saúde.

Questionada pelo SindSaúde, a Secretaria de Saúde informou em resposta oficial que há um novo contrato em vigência e o efetivo foi redimensionado “sem prejuízo ao serviço que hoje é oferecido”. Mas não é o que aponta documentos da própria Pasta.

De acordo com circular da Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde (Sinfra/SES-DF) de sexta-feira (13), com as novas contratações em vigilância será diminuído o número de vigilantes. “Em razão de indisponibilidade orçamentária, e por determinação do Gabinete/SES, houve, em nível global, a redução de aproximadamente 8% do efetivo total licitado pela SEPLAG/DF (Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão)”, diz o documento:

A medida está valendo desde o domingo (15) em ao menos duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), na de Samambaia e Recanto das Emas.

Mesmo antes da redução já houve problemas. Um caso recente de depredação de patrimônio assustou servidores da UPA de Recanto das Emas. Na última quinta (12), uma paciente insatisfeita com sua classificação de risco (cor azul), agrediu verbalmente a equipe e arremessou pedras, quebrando os vidros da recepção.

“Isso porque tínhamos quatro vigilantes, imaginem agora que são só dois, como a Secretaria de Saúde está determinando. Essa gravíssima atitude com certeza trará ainda mais prejuízo para o atendimento à população”, desabafou um servidor. “Lá é muito perigoso e o conflito com os usuários devido à falta de atendimento é constante. Até tiro um vigilante já disparou dentro da unidade porque um acompanhante descontrolado foi para cima dele”, conta.

Insegurança: vidraça quebrada por paciente na UPA do Recanto

A chefia da unidade encaminhou Memorando à Superintendência da Região Sudoeste pedindo que a situação seja reconsiderada.

Memorando questiona redução

Outro ponto a ser frisado é que, além de pacientes e servidores, todo o patrimônio da Saúde fica exposto. A distribuição de vigilantes antes da Circular era a seguinte: nos centros de Saúde eram dois durante o dia e um a noite, aos finais de semana, e nos hospitais, um vigia em cada portaria e outro nos corredores de entrada das clínicas. Muitos locais em que há hoje somente um vigia – em alguns casos, desarmados -, possuem mais de dois acessos de servidores e pacientes. Ou seja, ficam sem proteção.

“Enquanto o governo gasta R$123 milhões em propaganda, falta tudo na Saúde e agora até o número de vigilantes, que já era insuficiente, está sendo reduzido, colocando em risco a integridade física de todos. Casos como esse do Recanto das Emas são só a ponta do iceberg. Infelizmente, servidores e pacientes estão abandonados pela gestão. Não vamos aceitar esse crime”, criticou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

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