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quinta-feira, 2 maio, 2024

População não pode morrer por falta de leitos de UTI

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Na última gestão, 1.261 pacientes morreram esperando uma vaga. Em ação de 2018, Justiça determinou agora novos desbloqueios

Em decisão anunciada nesta quarta-feira (15), a Justiça do DF acatou ação da Defensoria Pública do Distrito Federal e da União e determinou ao GDF a reabertura de 68 leitos em dez dias. A ação foi aberta no ano passado, gestão do então governador Rodrigo Rollemberg.

Foi também em 2018, que o SindSaúde obteve acesso, com exclusividade, a um relatório da própria Secretaria de Saúde (SES-DF), onde a pasta fez um apanhado da situação dos leitos de UTI em um período de três anos. Segundo o balanço, das 4.368 pessoas que entraram na Justiça entre 2015 e julho de 2017 para garantir acesso a UTI, 1.261 pacientes morreram à espera de um leito.

Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, a novela da falta de leitos não pode se repetir: “É direito da população ter saúde pública de qualidade e o governo precisa oferecer os leitos. Tivemos um passado com dados alarmantes e a atual gestão precisa estar atenta a isso para fazer diferente. A população não pode ficar à espera, não precisa ter que recorrer à justiça”, afirma.

Na decisão desta quarta-feira, a Justiça também determinou que a SES coloque em funcionamento 458 leitos de UTI, no mínimo, até 15 de novembro de 2019.

Balanço

Questionada pela reportagem do SindSaúde, a SES informou que trabalha na adoção das medidas para cumprir os prazos estabelecidos pela Justiça. Esclareceu que a rede tem hoje 384 leitos de UTI (entre próprios, contratados e conveniados). Desses, 24 leitos estão bloqueados por falta de RH ou manutenção, e a fila de espera conta com 114 pacientes aguardando uma vaga.

A pasta respondeu ainda que o encaminhamento dos pacientes leva em consideração a prioridade clínica – casos mais graves são priorizados. A busca de vagas é feita pela Central de Regulação, que funciona 24 horas “e faz buscas constantes para verificar a disponibilidade de leitos que atendam às exigências de cada paciente”, dia a nota.

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