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quarta-feira, 1 maio, 2024

Incoerência: IGES-DF busca expansão, mas enfrenta resistência por falta de reajustes salariais há mais três anos e críticas ao atendimento

População e Deputados Distritais denunciam descaso e manobras administrativas

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Há três anos sem conceder reajustes salariais aos funcionários, alegando escassez de recursos financeiros e oferecendo um atendimento insatisfatório à população, conforme relatos. Agora, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF) deseja expandir os serviços de saúde no Distrito Federal sem sequer submeter a decisão a uma votação na Câmara Legislativa, apenas com um decreto do governador, Ibaneis Rocha (MDB). Uma ação desrespeitosa com a população, especialmente para aqueles que aguardam nomeações na área da saúde.

O SindSaúde se opõe firmemente a qualquer expansão do IGES-DF, alegando que a instituição atualmente não cumpre o que foi prometido no contrato. Além disso, não valoriza seus servidores, que já recebem salários baixos e estão há mais de três anos sem reajustes salariais. Um total desrespeito. E quanto ao atendimento à população, o descaso é ainda maior, com os longos atrasos na marcação de consultas, instalações precárias e pessoas sendo atendidas nos corredores.

Atualmente, o IGES-DF gerencia o Hospital de Base, o Hospital Regional de Santa Maria e diversas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em todo o Distrito Federal. No entanto, parece haver a intenção de ampliar sua atuação, aumentando assim a suas ofertas de serviços.

A notícia da expansão dos serviços do IGES-DF originou-se na Secretaria de Saúde do DF, que autorizou a criação de 60 novos leitos no Hospital Cidade do Sol. Essa decisão não surpreende, uma vez que foi respaldada pela secretária de saúde, Lucilene Maria Florêncio de Queiroz, que desempenhou um papel fundamental na implementação do IGES no Distrito Federal durante a gestão do ex-governador Rodrigo Rollember.

Esse assunto gerou divergências entre os deputados distritais na sessão ordinária desta terça-feira (24) na CLDF. O deputado Fábio Félix (PSOL) criticou o governo por não enviar um projeto de lei à Casa e, em vez disso, autorizar a criação dos leitos por meio de decreto.

“Se o governo deseja expandir o IGES-DF, deve submeter um projeto de lei a esta Casa. Isso não pode ser feito por mero ofício. Isso parece ser uma manobra administrativa para ampliar o IGES-DF”, criticou Fábio Félix.

Gabriel Magno (PT) também expressou descontentamento com a medida do governo, considerando-a um desrespeito não apenas à CLDF, mas também aos servidores da cidade, especialmente porque os contratos temporários venceram e as nomeações na área da saúde não foram realizadas.

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