Solução para tratamento de insuficiência renal crônica está em falta desde julho
Um despacho enviado pela Diretoria do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) preocupa pais de crianças que precisam de tratamento contra insuficiência renal crônica/terminal na unidade. No documento, do último dia 21, a diretora de Atenção à Saúde do HMIB afirma que “o desabastecimento implica em risco de morte” para os pacientes.
A diretoria pede informações detalhadas sobre o plano de ação e aquisição das soluções para diálise peritoneal, usadas nesse tipo de tratamento.
Desde julho, diretores da unidade informaram a falta da medicação e cobravam medidas urgentes. Na época, a Direção Administrativa do HMIB enviou despacho para a SES alertando que o produto já estava em falta e pediu a aquisição, em caráter de urgência, especialmente para um paciente com quadro de choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos e sistemas.
Na época, a Gerência de Apoio Operacional informou ao HMIB que a diálise peritoneal não é padronizada pela SES, portando não apresentava código SES, e que a rede não possuía a solução e nem conseguiria empréstimo em outras unidades. Disse ainda que o Instituto Hospital de Base (IHB) realiza as diálises peritoniais com as soluções doadas pelos pacientes.
“Não há limites para a crueldade desse governo. Imagina, deixar crianças morrerem por falta de medicamento. Isso é absurdo. Pais estão desesperados e servidores de mãos atadas diante da falta de estrutura, medicamentos e equipamentos em toda a rede pública”, afirma a presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues.