Empresa de vigilância cobra novamente dívidas da Secretaria de Saúde
O Governo do Distrito Federal insiste em calotes aos servidores e também fornecedores. A empresa de vigilância Confederal, que prestou serviço de vigilância a diversos órgãos do Executivo, entre eles a Secretaria de Saúde, entre 2010 e 2017, enviou nova cobrança ao GDF para tentar receber os R$ 15,9 milhões que lhe são devidos.
Hoje, a empresa não está mais entre as contratadas e briga há meses para receber o valor devido pelo governo. A maioria dos valores devidos é relativa a repactuações feitas entre a empresa e o GDF. A última é de 15 de outubro de 2017, quando foi finalizada uma nova licitação e a Confederal ficou de fora dos lotes da Saúde.
“Vimos reiterar as diversas correspondências já enviadas a esta Pasta tendo como objetivo a cobrança dos valores relativos aos serviços de vigilância armada e desarmada prestados nas dependências das unidades de saúde”, diz o documento enviado pela empresa no último dia 8 de novembro.
Em 3 de outubro a Confederal enviou um outro documento para a SES, como noticiou o SindSaúde.
Para a presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues, mais um calote já era esperado. “Sabemos que a maior parte desses contratos de terceirização são suspeitos e sempre fomos contra a contratação de empresas privadas. Mas, a partir do momento que executou um contrato, o governo precisa arcar com seus compromissos”, disse.
Vigilância
Atualmente, quatro empresas dividem os nove lotes licitados para vigilância nos hospitais e demais postos de trabalho na saúde do Distrito Federal: Ipanema, Visan Segurança Privada, Brasília Segurança e Aval.
Foram licitados 1.334 postos de trabalho a um custo de R$ 211 milhões por ano, aproximadamente.
A Confederal ganhou outro lote, na licitação do restante do governo feita pela Secretaria de Planejamento e receberá R$ 87 milhões do GDF por ano de contrato.
“As licitações de segurança e limpeza, sabemos muito bem, quase sempre atenderam a muitos interesses. São processos que sempre caem nas fiscalizações do TCDF. Agora, a farra de Rollemberg e sua trupe está para acabar. Os servidores e a população comemoram o fim desse governo”, finaliza a sindicalista.