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quinta-feira, 25 abril, 2024

Servidores que fizeram TPD recebem um terço a menos que ganhavam no regime de horas extras

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Após cobrança do SindSaúde, SES faz primeiro pagamento, mas valores revoltam

Após acabar com as horas extras na Secretaria de Saúde do Distrito Federal e instituir o Trabalho em Período Definido (TPD), uma espécie de trabalho extraordinário precarizado, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tem despertado a revolta dos servidores em função dos baixos valores que eles receberam referentes ao benefício.

Após articulação do SindSaúde, a TPD de junho, enfim, caiu na conta dos  funcionários da SES na noite desta quarta-feira (17), porém com 46 dias de atraso. Junto com o dinheiro veio a frustração e a indignação.

Os valores recebidos estão muito aquém, do que recebiam. Uma defasagem de quase 70% do montante anterior.

Em denúncia feita ao SindSaúde, uma auxiliar de enfermagem que trabalhou 36 horas em TPD, em agosto deste ano, receberá apenas R$ 567,69 líquido. Já descontado o imposto de renda, a funcionária ganhou R$ 15,76 por hora nesse regime de trabalho.

TPD1

Por outro lado, em julho de 2014, a mesma trabalhadora ganhou R$ 45,87 por hora extra trabalhada – já abatido o imposto de renda. Naquele mês, a trabalhadora recebeu cerca de R$ 2,2 mil reais por 48 horas de trabalho extra.  Ou seja, a profissional recebeu aproximadamente um terço a menos pelo mesmo trabalho.

 

TPD2
Desrespeito

Uma outra servidora, perplexa com o valor depositado, declarou que não fará mais TPD. Ela sempre fez o teto de extras, 96 horas, e recebia em torno de R$ 4 mil. Hoje, recebeu minguados R$ 1.400 pelo mesmo tempo trabalhado e desabafou: “Esse governo nos explora de forma escandalosa e humilhante. A única alegria que temos agora é saber que está acabando. Dia 28 de outubro, o passaporte dele será carimbado com um FORA  ROLLEMBERG!”.

A TPD foi instituída em maio deste ano. À época, a Secretaria de Saúde afirmou que economizaria cerca de R$ 4 milhões mensais com a medida.

A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, entende que a TPD é uma “aberração  jurídica”, que contraria a legislação trabalhista e a própria Constituição Federal e desmotiva ainda mais os servidores, porque eles fazem o mesmo trabalho que faziam antes, porém recebem muito menos. “O desmonte que a atual gestão tem feito não tem limites. Isso é desumano! A SES precisa de uma reestruturação, o diálogo com os servidores precisa sempre estar aberto”, afirma a presidente.

O Sindsaude ajuizou, no mês de julho/2018, representação no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) requerendo a revisão do ato administrativo e a declaração de ilegalidade do TPD. O processo está em tramitação.

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