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sexta-feira, 26 abril, 2024

Depressão caminha para ser doença mais impactante do planeta

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Por pressão e condições precárias de trabalho, servidores da Saúde estão entre os que mais têm a saúde mental comprometida

Balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) traz dados preocupantes sobre a depressão. Segundo a entidade, a quantidade de casos de depressão cresceu 18% em dez anos e, até 2020, esta será a doença mais incapacitante do planeta.

Nesta quarta-feira, 10 de outubro, é o Dia Internacional da Saúde Mental. A data foi instituída em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental e busca chamar atenção para o tema. O assunto ainda é vítima de muito preconceito e tabu por grande parcela da sociedade, porém, a pessoas acometidas por estes danos precisam de apoio e ajuda.

Durante todo o mês de setembro, destinado ao combate ao suicídio, por meio da campanha Setembro Amarelo em todo o território nacional, o SindSaúde publicou várias matérias sobre o assunto. Diversos servidores da saúde estão doentes mentalmente e uma grande parcela foi tirada de suas atividades profissionais.

Só entre 2015 e 2017, 40 mil trabalhadores foram afastados de suas atividades. Este número expressa o difícil obstáculo a ser superado pela gestão pública.  Segundo relatório da Epidemiologia em Saúde do Servidor obtido com exclusividade pelo SindSaúde, no ano passado, foram emitidos 15.557 atestados para tratar dessas enfermidades. A secretaria recorde na emissão desses afastamentos é a de Educação (28,34%), seguida pela Saúde (19%).

Trata-se de pessoas que cuidam de outras pessoas, mas nesse momento, estão doentes. As condições de trabalho destes servidores precisam ser adequadas, além da necessidade de serem reconhecidos pelos serviços prestados aos cidadãos. Em uma das reportagens, a especialista no tema, professora da Universidade de Brasília (UnB), Priscila da Silva Antônio, alertou para o fato dos trabalhadores da saúde não terem um ambiente favorável para suas práticas de trabalho e que isso pode gerar frustação, ansiedade e por fim, até a depressão. “A pessoa não tem reconhecimento no trabalho e isso gera um sofrimento muito grande”, afirma a acadêmica.

Quando a mente não está funcionando em sua plenitude várias outras partes do individuo são prejudicadas. É preciso uma mudança de postura da sociedade na abordagem e contato com este tema. O preconceito ou a tentativa de minimizar a gravidade do fato piora ainda mais a situação.

“A saúde mental não pode ser levada como frescura, nem pelo paciente e nem pelos que o cercam. Diversos companheiros de categoria não conseguiram mais enxergar uma solução e as famílias tiveram que conviver com tragédias. É hora de darmos as mãos e oferecermos ajuda aos colegas que apresentarem sintomas de depressão, ansiedade ou qualquer outra doença mental. Mostrar o quanto o servidor é importante é papel do governo, mas como ele não faz, sejamos nós mesmo o apoio e sustento aos que precisam”, diz a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

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