Reportagem do SBT narra casos de crianças em estado crítico e que estão sem atendimento
Mães de bebês internados no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) denunciaram ao telejornal SBT Brasília a falta de médicos especialistas na pediatria da unidade. A reportagem entrevistou diversos familiares de crianças que estão internadas no HRT, que afirmaram que o hospital possui apenas um médico que realiza o primeiro atendimento.
Uma madrinha de uma criança de 11 meses disse à emissora que o seu afilhado, que possui problemas neurológicos, está internado há dois dias no hospital e ainda não foi atendido por um neurologista.
Entre segunda e terça-feira, o menino teve três convulsões e, até quarta-feira (3), sequer foram feitos exames para saber o que ele tem. A família também solicitou a transferência dele e pensa em fazer campanha virtual para arrecadar dinheiro e conseguir bancar um atendimento na rede privada. “Como eles mesmo disseram, ele [a criança] não é a única prioridade lá dentro, têm mais crianças (sic)”, afirmou a familiar do paciente.
Na matéria também foi mostrado um vídeo de uma menina de 13 dias de vida que chegou ao hospital com febre e, além disso, adquiriu uma bactéria na unidade.
Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, essa situação, infelizmente, se tornou rotina no atual governo. “A gestão incompetente de Rodrigo Rollemberg fez cortes de atendimento em toda a rede de Saúde e não poupou as crianças. O que fizeram com os pequenos pacientes da região do Gama foi uma covardia. Fecharam uma pediatria por incompetência. O que ocorre no HRT agora também se repete em outras unidades. Faltam profissionais porque essa gestão sequer saber fazer distribuição do pessoal que está hoje na SES, além de não ter convocado profissionais suficientes para suprir o déficit”, afirma a presidente.
Outro lado
Ao SBT, a direção do HRT informou que o menino de 11 meses seria examinado por neurologista ainda na quarta-feira (3) – data de exibição da reportagem. Quanto ao caso da bebê de 13 dias, o hospital informou que a menina chegou a unidade com sinais de icterícia (doença que deixa o corpo amarelo) e que a paciente estava estável e em observação.