A Fiocruz publicou edição extraordinária do Boletim Observatório Covid-19 na última quarta-feira (25/8), que demonstra uma preocupação maior com as novas variantes.
A semana epidemiológica se destaca entre os dias 15 e 21 de agosto. Apesar de indicar uma queda nos indicadores da pandemia, um declínio no número absoluto de casos e óbitos, há uma estagnação proporcional na melhora para algumas faixas etárias, especialmente os idosos.
Apenas um estado possui uma taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS superior a 80%, que é Roraima. Entre as capitais, o Rio de Janeiro (96%) e Boa Vista (84%) mantêm-se em nível muito crítico.
Em comparação com a semana anterior, a média diária de novos casos teve um aumento de 0,6% e o número de óbitos reduziu 1,5% e a taxa de letalidade caiu de 3% para 2,6%. Através disso é possível perceber o pequeno avanço da vacinação pelo país, com uma média de 1 milhão de doses aplicadas por dia.
O SUS conseguiu aplicar e distribuir vacinas que podem chegar a 2 milhões de doses diárias, numero que foi alcançado algumas vezes. O Brasil já aplicou 169% de doses de vacinas e cerca de 71,6% da população adulta tomou ao menos uma dose. Desses, 31,4% completaram o esquema de vacinação, enquanto 40,2% receberam apenas a primeira aplicação, afirmam os dados obtidos.
Os cientistas ressaltam que, mesmo com alguns estados iniciando a vacinação de crianças e adolescentes é prioridade completar o ciclo vacinal. Eles estudam, caso seja necessário, a aplicação de um reforço ou combinações de imunizantes para idosos ou imunodeprimidos.
Com tudo, apesar do avanço da vacinação é importante manter os cuidados com os serviços de vigilância em saúde em alerta, pois sem os cuidados pode haver o aumento de casos graves, internações e óbitos pelas variantes.
Por nenhuma vacina ser 100% eficaz os pesquisadores alertam, “neste contexto, enquanto a pandemia estiver em curso, além da necessidade de ampliar e acelerar a vacinação, é de grande importância para todos, mesmo os que tomaram vacinas, manter medidas como o uso de máscaras e de distanciamento físico”, dizem.