O Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha encerrou as atividades nesta quinta-feira (15), em um clima de emoção dos profissionais de saúde e gratidão dos pacientes recuperados do novo coronavírus. O fechamento do hospital marca o início da execução do Plano de Desmobilização de Leitos da Covid-19, anunciado no último dia 9 pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto.
Três últimos pacientes receberam alta e 24 foram remanejados para outros hospitais da Rede. Despediram-se também da unidade os quase 800 trabalhadores, que durante seis meses, não mediram esforços para salvar vidas e recuperar doentes infectados pelo novo coronavírus.
Os recuperados saíram da unidade sob aplausos e muita alegria da equipe que também deixou o local logo em seguida. Uma destas profissionais, era a fisioterapeuta Flávia de Faria, que trabalhou no hospital desde que ele foi aberto. “Eu tenho 23 anos de vida hospitalar e nunca vivi uma coisa dessas”, afirmou.
Ao todo, o hospital recuperou 1.787 pacientes, e por isso, durante o encerramento das atividades foram soltos essa mesma quantidade de balões enquanto os portões do hospital eram fechados ao som de músicos do Corpo de Bombeiros do DF.
“O sucesso do Hospital de Campanha só foi possível graças ao esforço, dedicação e conhecimento dos profissionais de saúde que por lá passaram. Estes trabalhadores enfrentaram uma doença desconhecida com bravura e coragem. É de dar orgulho dos colegas de profissão que não mediram esforços para salvar vidas”, destacou Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.
Hospital de Campanha
Desde 22 de maio, a unidade com 197 leitos, sendo 20 deles de suporte avançado e 4 de emergência, recebeu mais de 1,8 mil doentes com Covid-19, dos quais 1.787 voltaram para suas famílias e 32 não resistiram à doença.
A equipe foi composta por 129 médicos e 647 enfermeiros, além de técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e profissionais administrativos não assistenciais que atuaram na logística, transporte, alimentação e segurança.