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sexta-feira, 26 abril, 2024

Curados da Covid-19 no DF agradecem profissionais da saúde

Brasilienses falam dos sentimentos de gratidão e dos vínculos formados com profissionais da Saúde depois de se curarem da Covid-19

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SindSaúde DF
SindSaúde DF
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Em tempos de pandemia, precisar ser internado em um hospital significa ficar isolado do resto do mundo, incluindo amigos e familiares. A angústia e solidão dos dias de luta contra a doença são amenizadas apenas pelos sorrisos e pela vibração positiva das equipes de saúde que confortam os pacientes. É deles que vem toda a esperança de cura e recuperação.

Nessas circunstâncias, nascem ali, em meio às inseguranças, relações de afeto que tornam esses profissionais, sejam eles médicos, enfermeiros, psicólogos, ou tantos outros, amigos para toda a vida dos pacientes curados da Covid-19.

No Distrito Federal, dos mais de 107 mil infectados, 90.397 se recuperaram, o que corresponde a mais de 83,8%. Nas unidades de saúde, histórias de superação seguem emocionando quem acompanha de perto os casos mais graves.

Enquanto isso, outras patologias graves seguem acometendo a população, e mostrando que existem heróis em todas as áreas da saúde em meio à pandemia.

Veja relatos de pacientes e profissionais de saúde sobre a gratidão promovida pela cura.

Porto seguro

A primeira paciente com diagnóstico positivo para coronavírus no Distrito Federal é também uma das que demandou mais tempo de internação. A advogada Claudia Maria Patrício Costa da Silva, 52 anos, esteve em hospitais por mais de 100 dias. Desses, ficou numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 85 dias, sendo 60 de sedação.

Ela contraiu o vírus durante viagem pelo Reino Unido e, ao retornar, em março, manifestava os primeiros sintomas, semelhantes ao de uma sinusite.

A primeira internação aconteceu no Hospital Daher, seguida de transferência para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

No processo, foi intubada e traqueostomizada, esforços usados para mantê-la viva. Durante toda a fase, ela era acompanhada pelo esposo, o empresário André Luís Sousa, 49, segundo caso de Covid-19 na capital.

No Hran, André conheceu o médico intensivista do Hospital Brasília Rodrigo Biondi, por quem desenvolveu grande admiração. “Surgiu um vínculo e não restou dúvidas de que queríamos ele para acompanhá-la. A equipe médica do Hran empenhou-se demais e nos receberam muito bem, mas estavam todos muito ansiosos por ser algo muito novo. Você está lidando com o desconhecido”, lembra.

A família aguardou que Claudia apresentasse alguma melhora e, em 22 de abril, conseguiu transferi-la para o Hospital Brasília, ainda em ventilação mecânica. Depois de cerca de 10 dias, ela, enfim, acordou.

Veja todas as notícias sobre o combate à Covid-19

“A primeira coisa que fiz foi procurar meu esposo. Ele estava sentado em uma poltrona. Eu não conseguia chamá-lo, mas, mesmo assim, foi o momento mais feliz da minha vida. Eu renasci”, comemora a advogada. No período até a alta, cresceu a amizade com o médico, mesmo caso de outros curados da Covid-19.

“Não posso acreditar que, em Brasília, exista alguém desse peso. A competência dele, a gente sabe só de olhar. Ele é silencioso, mas um doce de pessoa”, elogia Claudia.

Rodrigo agora é parte da família, e o contato permanece diariamente. “A gente se envolve emocionalmente, e vira uma torcida para que tudo dê certo”, explica o médico. “É gratificante ver o reconhecimento da família, mas não é o que nos move. Tudo o que queremos é ver o paciente recebendo a alta, bem”, afirma.

Para o casal, resta trabalhar na recuperação completa de Claudia, que ainda tem dificuldades motoras. “Sabemos que muitos ainda enfrentarão essa doença, porque não é algo sob controle. Mas, amor e união contribuirão para a cura”, acredita André.

Veja outras histórias de curados da Covid-19 no DF e o relacionamento entre eles e os profissionais da Saúde

Casos de Covid-19

Os registros de contaminação pelo novo coronavírus subiram para 110.028 no último domingo (2). Após dois dias em queda, houve 2.106 novos casos.

Enquanto 83,7% desse total conseguiram se recuperar e hoje estão entre os curados da Covid-19, a Secretaria de Saúde (SES-DF) confirmou 33 novas mortes, ocorridas entre 10 de junho e 28 de julho.

Vacina para Covid-19

Os profissionais de Saúde que atendem a pacientes com o novo coronavírus no DF poderão se inscrever como voluntários para os testes da vacina contra Covid-19, segundo informações do Correio Braziliense.

Os ensaios ocorrerão no Hospital Universitário de Brasília (HUB) a partir de quarta-feira (5), quando 10 pessoas receberão a primeira dose da CoronaVac. A segunda será aplicada 14 dias depois.

Interessados em participar devem acompanhar o processo de inscrição disponibilizado pela Universidade de Brasília (UnB) nos sites da instituição de ensino e do HUB.

Entre os critérios para seleção estão: não ter sido infectado pelo vírus, apresentar condição de saúde normal e ter disponibilidade para fazer acompanhamento periódico por um ano após a vacinação.

O cronograma de testes que se inicia nesta semana ainda não tem data para terminar. As equipes vão adequar rotinas e protocolos de atendimento nos primeiros dias para vacinar entre 20 e 40 voluntários, até alcançar a meta de, aproximadamente, 850 pessoas.

O medicamento foi produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, e o projeto é coordenado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: Correio Braziliense

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