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Reestruturação do Samu sacrifica técnicos

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Mudança aumenta cargos comissionados para atender apadrinhados do governo enquanto
número de socorristas é diminuído.

A reestruturação do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) proposta pelo governo vem na contramão do que eles mesmos pregam. Como parte de uma mudança para a diminuição de gastos, desde o início do mês o GDF determinou a redução no número de técnicos de enfermagem nas ambulâncias, porém, agora lança um programa que irá majorar o número de cargos comissionados e chefias na administração, aumentando em quase cinco vezes as despesas com quadro de pessoal. Além disso, o pagamento de insalubridade está ameaçado.

Atualmente, o governo gasta pouco mais de R$13 mil mensalmente para manter os cargos no SAMU. Com a mudança, esse valor saltará para R$55.440. Até aí, tudo bem, pois significa mais investimento em mão de obra, algo sempre bem vindo à tão defasada Secretaria de Saúde. O problema é que na ponta do serviço, o número de técnicos de enfermagem foi cortado pela metade.

Atualmente apenas um profissional e um motorista atendem em cada veículo. “Quando há uma parada cardiorrespiratória, por exemplo, é preciso dois servidores, um fazendo a massagem e o outro a respiração artificial. Se for preciso carregar uma maca, como fazer isso com apenas um? Colocaram o SAMU numa situação crítica, sobrecarregando o técnico de enfermagem, e agora surge essa nova estrutura com aumento de gastos?, indaga a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

“Além disso, a criação de cargos comissionados não significa, necessariamente, um plus no quadro de pessoal deficitário, ao contrário, teremos mais caciques e menos índios”, completou. “Tiram de quem trabalha, diminuiu a qualidade do serviço para atender apadrinhados

Na atual estrutura, há apenas oito cargos comissionados. Com a reestruturação, esse número saltará para 39. Os salários podem chegar até R$18 mil. Compare abaixo:

A insalubridade

Um documento emitido pela Diretoria de Administração de Pessoal (DIAP/SUGEP) da SES-DF determina que os servidores que forem mudados de lotação devem ter o direito suspenso até que ao Núcleo de Admissão e Movimentação (NUAM/GEAP) avalie cada situação especificamente.

“O governo de Rollemberg está promovendo uma verdadeira caçada aos direitos dos trabalhadores, infligindo à categoria com esse pacote de economia que não atinge o alto escalão e seus apadrinhados. A solução para o SAMU passa pela ampliação das 40 horas. Não aceitaremos que o servidor pague pela incompetência dessa gestão”, afirmou Marli. A presidente ressalta ainda, que o sucateamento deliberado do setor é um padrão conhecido para a terceirização dos serviços.

Servidores desabafam

O desabafo de uma servidora do SAMU ganhou destaque essa semana. Um áudio feito pela profissional foi compartilhado à exaustão via Whatsapp, onde é narrado um atendimento feito pelo secretário de Saúde, Humberto Fonseca, e presenciado por ela. De acordo com a gravação, o difícil resgate de uma vítima com 120kg foi agravado pela redução de socorristas. “Espero que ele (Humberto Fonseca) tenha consciência da economia que acredita estar fazendo ao reduzir um integrante das equipes do Samu. Supondo que estivessem só eu e o motorista, o paciente não seria resgatado com a técnica necessária. Isso poderia lesionar o paciente ou até um dos socorristas”, lamentou denunciou a enfermeira.

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