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Hospital de Base: cozinha nova, problemas antigos

A população não quer só comida. Quer saúde, dignidade e uma gestão condizente com a importância do HBDF

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Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

A cozinha e o refeitório do Hospital de Base do Distrito Federal passaram por uma reforma que custou R$ 625 mil. Receberam novas câmaras frias, piso industrial mais resistente e novos aparelhos de ar-condicionado, entre outras melhorias. Mas, na avaliação do SindSaúde, falta o principal no HBDF: gestão eficiente, além de estrutura e condições de trabalho dignas para os trabalhadores da Saúde.

Fazia 40 anos que a cozinha e o refeitório não tinham uma reforma. Havia mofo e excesso de gordura impregnados no piso, nas paredes e no teto. As condições do banheiro dos trabalhadores, agora reformado, também eram sofríveis. De fato, a obra veio em boa hora. Entretanto, não se deve desviar o foco. A razão de existir do HBDF é prestar atendimento de Saúde com excelência para os pacientes. E, nesse ponto, por mais que os servidores públicos se empenhem, há muito a ser feito.

Idoso de 86 anos aguarda cirurgia de amputação parcial do pé no HBDF

Um caso que chegou ao conhecimento do SindSaúde ilustra a situação precária decorrente da atuação ineficiente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), responsável pelo HBDF. Um senhor de 85 anos de idade, cuja identidade mantemos em sigilo, está desde o dia 19 de agosto sem tratamento adequado no Hospital de Base. Em consequência do diabetes, a extremidade do pé esquerdo está necrosada. A cirurgia de amputação parcial já deveria ter sido realizada. E a família sequer tem uma informação precisa sobre quando ocorrerá o procedimento.

Apesar da urgência, cirurgia não tem previsão para ocorrer, demonstrando ineficiência do IgesDF

“O caso dele é de urgência. Quanto mais o tempo passa, pior é o prognóstico deste senhor. um sofrimento terrível, que chega a ser desumano”, protesta a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues. “Eu não acho que devemos dizer que ele está no corredor do Hospital de Base. Eu vejo de outra forma. Este senhor, na verdade, está no corredor do IgesDF”, pondera Marli.

“Eu não acho que devemos dizer que ele está no corredor do Hospital de Base. Este senhor, na verdade, está no corredor do IgesDF”

Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde

“O IgesDF não foi criado para estarmos diante de uma situação como essa. Foi criado para dar agilidade. É isso o que estamos cobrando. Se é falta de pessoal, que contrate. Se é falta de material, que providencie. O IgesDF tem verba milionária. Prova disso são os salários astronômicos daqueles que dirigem o Instituto”, acrescenta Marli Rodrigues.

A presidente do SindSaúde faz uma ressalva: a luta da categoria não é contra os terceirizados que estão sob coordenação do IGES. “Respeitamos os trabalhadores da Saúde, seja no setor público, seja no setor privado. Entendemos que muitos desses profissionais contratados pelo IgesDF estão em condições inadequadas de trabalho. Por outro lado, não podemos deixar de cobrar do GDF e do Estado, de forma geral, a realização de concursos públicos”, avalia Marli.

“O IgesDF tem verba milionária. Prova disso são os salários astronômicos daqueles que dirigem o Instituto”

Marli Rodrigues

“A gestão do IgesDF é um exemplo claro que deve ser evitado em serviço público. Saúde pública é responsabilidade do Estado. Por isso, reiteramos a necessidade de realização, com urgência, do concurso público para GAPS”, conclui a presidente do SindSaúde.

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