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quinta-feira, 2 maio, 2024

GDF restringe horário de bares e restaurantes e faz apelo para prevenção contra Covid-19

Aumento da taxa de transmissão da doença em 30 regiões administrativas acende alerta para segunda onda no DF

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

Após observar, no fim de semana passado, uma tendência de aglomerações de pessoas em bares, restaurantes e eventos culturais, o Governo do Distrito Federal voltou a adotar medidas restritivas para conter o avanço das infecções por coronavírus.

A taxa de transmissão da Covid-19, calculada até a última sexta-feira (27), subiu de 1 para 1,3. Isso indica a expansão da transmissão da doença no DF em 30 das 34 regiões administrativas. 

Foi publicado nesta terça-feira (1º), em edição extra no Diário Oficial, o Decreto nº41.535, que limita até as 23h horário de encerramento das atividades em estabelecimentos de alimentação e lazer. A medida já está valendo e não tem prazo para acabar.

O texto, assinado pelo governador Ibaneis Rocha, justifica a medida como uma ação preventiva em função da “necessidade de evitar o aumento no número de casos e internações decorrentes da Covid-19”.

O decreto reforça ainda a continuidade de todos os protocolos e medidas de segurança imposto por decretos anteriores.

Ou seja, permanece a obrigatoriedade do uso de máscara; distanciamento de pelo menos dois metros entre pessoas; higienização de cadeiras e mesas; organização de filas, entre outros.

Prevenção

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, fez um apelo à população do Distrito Federal para que todos continuem tomando as medidas de proteção contra a Covid-19, especialmente agora, em que a taxa de transmissão da doença aumentou em 88% das regiões administrativas. 

O alerta foi feito nesta segunda-feira (30), durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Buriti sobre as ações para enfrentar uma possível segunda onda do novo coronavírus no DF.

“As pessoas têm que tomar as devidas medidas de proteção contra o coronavírus, que é evitar aglomerações, utilizar a máscara, lavar as mãos utilizando água e sabão e, também, o uso do álcool gel. Isso é muito importante para que possamos evitar a propagação das transmissões aqui no Distrito Federal”, alertou Osnei Okumoto.

Transmissão maior

As medidas são essenciais para combater o avanço do vírus. Conforme os dados apresentados pela Secretaria de Saúde durante a coletiva, a taxa de transmissão da Covid-19, calculada até a última sexta-feira (27), subiu de 1 para 1,3. Isso indica a expansão da transmissão da doença no DF. 

Os dados foram captados do Lacen, laboratórios privados e sistemas oficiais do Ministério da Saúde.

“Quando falamos que o índice de transmissão passou para 1,3, observamos que das 34 regiões administrativas do DF, nós tivemos 30 delas com aumento na transmissibilidade. Essa média observada de 1,3 que trouxe essa preocupação a todos nós”, informou o secretário de Saúde. “Aqui o nosso momento é de alerta”, ressaltou.

Para Okumoto, houve um “relaxamento por parte da população”, em especial, dos jovens que frequentam bares, casas noturnas e, muitas vezes, compartilham copos e narguilés. Isso foi um dos fatores que contribuiu para o aumento da taxa de transmissão.

“Solicito mais uma vez à população: tome cuidado. Às vezes, quando falamos que a transmissão tem acontecido muito entre os jovens neste momento, observamos que os pais e avós têm que passar essa informação a eles, porque são essas pessoas que, ao retornar às casas, trazem o vírus e o transmitem às pessoas idosas. Isso nos preocupa muito”, revelou.

Apesar de um lockdown não ter sido descartado em caso de uma segunda onda, o secretário de Saúde informou que tratativas iniciais já estão sendo feitas com o comércio para estimular práticas de enfrentamento ao coronavírus.

Inquérito Epidemiológico

Ao mesmo tempo, um inquérito epidemiológico terá início em Ceilândia, nesta quarta-feira (2/12), para avaliar a circulação da Covid-19 no local, que teve a maior quantidade de casos confirmados da doença em todo o DF. A ideia é que todas as 34 regiões administrativas também sejam atendidas.

Enquanto isso, caso alguém seja testado positivo para a doença, deve respeitar o isolamento de 14 dias. As 172 unidades básicas de saúde (UBSs) estão abertas para atender os pacientes que tenham sintomas da Covid-19. Em casos mais graves, como dificuldade respiratória, os enfermos serão transferidos para os hospitais.

Com informações da Agência Brasília e Agência Saúde DF

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