Maria Aparecida morreu na unidade, segundo relatório médico, após inúmeras falhas de equipamentos
O filho de Maria Aparecida, 74 anos, que morreu no Instituto Hospital de Base (IHBDF) no último dia 2 de setembro, afirmou que a mãe tinha muito medo de voltar à unidade para ser atendida. Segundo relatório médico, a morte ocorreu após a falta de equipamentos e por conta da negligência do governo local.
Ilvan Martins Silva afirmou à equipe de comunicação do deputado distrital Wellington Luiz (MDB) que Maria Aparecida já havia feito um transplante de olhos na unidade de saúde e ficou horrorizada com a situação do local.
“Ela tinha um verdadeiro pavor dali, porque ela via cada situação ali, que causou um medo nela. Ela morria de medo de estar ali e, por ironia do destino, ela foi acabar de morrer lá”, disse Silva.
A morte de Maria Aparecida ganhou muita repercussão na última semana. Ela morreu depois que a equipe médica enfrentou inúmeros problemas para realizar o atendimento no Instituto Hospital de Base. Em 9 de setembro, o deputado Wellington Luiz foi ao hospital conferir o que de fato ocorreu. No entanto, ele foi barrado por vigilantes do IHBDF. No Plenário da Câmara, o deputado denunciou o caso e disse que auxiliará a família da vítima.
Em entrevista ao Portal Metrópoles, Ilvan Martins Silva disse que vai entrar com uma ação judicial para que o caso seja apurado. O deputado Wellington Luiz também já acionou o Ministério Público.
Caso
A reportagem do SindSaúde teve acesso relatório médico que comprova que a cardiologista que atendeu Maria Aparecida cobrou uma vaga de UTI para a idosa e sobre a urgência em se realizar uma angioplastia (cirurgia para desobstruir artérias). Nada foi feito e, após a paciente apresentar piora, faltou equipamentos para realizar uma ressuscitação cardiopulmonar e a mulher veio a óbito.